Neste episódio, Ananda recebe Mabel Cezar, uma renomada dubladora brasileira, que também atua como diretora de voz, diretora de dublagem, voz original e locutora. Ela é a voz brasileira de personagens muito queridos como Minnie Mouse, Jessie de Toy Story, Princesa Leia de Star Wars, a Jay de Eu, a patroa e as crianças, entre tantos outros personagens. A Mabel já dublou mais de 5 mil títulos ao longo de sua carreira e, é a primeira voz feminina nas chamadas de rede Globo. Atualmente está está a frente da Sociedade Brasileira de Dublagem, junto com a sua esposa e sócia Rayani Immediato.

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Ficha técnica:

Produção, roteiro e apresentação: Ananda Garcia
Edição de áudio e design gráfico: Jennifer Mendonça

TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO BY GOOGLE PINPOINT 

IMPORTANTE: A transcrição é realizada de forma automática, portanto, pode haver erros de natureza ortográfica e sintática. Desta forma, a transcrição não marca a fala de cada participante separadamente. O podcast A Era do Áudio não se responsabiliza por eventuais erros de transcrição executados pelo programa de inteligência artificial. 

[00:00]
A Era do Áudio.

[00:04]
Eu brinco que quando eu entro no estúdio pra gravar, eu entro no meu mundo matrix.

[00:11]
Eu lembro de de programas brasileiros programas que estavam passando fala do Programa do Ratinho, fala da Hebe fala piadas, né? Coisas bem da época e tal ninguém ia ver aquele filme sem ser dublado. Eu sempre falo que o ator de voz o ator dublador, ele precisa ser generoso o suficiente para fazer o que o ator no meu caso a atriz que tá lá na tela tá fazendo.

[00:41]
Se prepara porque hoje a introdução vai ser longa como o currículo da minha convidada a era do áudio recebe Mabel Cezar uma renomada dubladora brasileira que além de dublar também atua como diretora de voz diretora de dublagem voz original e locutora, ela é a voz brasileira de personagens muito queridos como a Minnie Mouse, a Jessie de Toy Story, a princesa Leia de Star Wars, a Jay de Eu A Patroa e as Crianças entre tantos outros personagens é também a voz brasileira oficial de atores que vão de sarapólson A Julie Andrews e já dublou mais de 5.000 títulos ao longo de sua carreira. A mabel também é empresária e junto com a sua esposa Rayane imediato está à frente da Sociedade Brasileira de dublagem e como se não bastasse a Mabel Cezar foi e ainda é 

[01:40]
a única voz feminina das chamadas da Rede Globo, tá bom ou quer mais? Então vamos conversar com ela Mabel muito bem-vinda, muito obrigada por estar aqui comigo na era do áudio, muito obrigada pelo convite, eu amei esse nome a era do áudio, eu achei sensacional sacada e é um prazer estar aqui falando com você. Ah, obrigada prazer é todo meu recebi um feedback muito positivo, quando eu falei que ia te entrevistar algumas pessoas mandaram perguntas. Então acho que vai ser uma conversa muito gostosa e eu quero começar te perguntando. Quais características tuas como pessoa e profissional, tu atribui o teu reconhecimento todo esse reconhecimento que tu alcançou no mundo da dublagem, principalmente. Olha eu poderia citar vários que não é que eu sei que eu tenha ou que Mas é uma coisa que eu dou aula há muitos anos, eu sempre falo isso e é isso que eu busco. Eu não falo da boca pra fora, né? Eu peço para os alunos as pessoas para os atores ficarem atentos a isso porque também é a minha busca que é eu sempre falo que o ator de voz o ator dublador ele precisa.

[02:40]
Generoso o suficiente para fazer o que o ator no meu caso a atriz que tá lá na tela tá fazendo e não o que eu Mabel quero fazer ou que eu Mabel, acho que ficaria mais interessante. Ah, ela tá fazendo assim, mas se eu fizesse assado ai fica mais legal, eu não posso fazer isso eu não posso mexer na obra original, então assim o que eu costumo dizer é que dublador e tem gente que não gosta que eu fale isso porque não concorda dublador não tem que ter assinatura. Ah e abriu a boca no primeiro respiração já sabia que era Fulano não é para isso eu tenho que estar a serviço daquela atriz daquele bichinho daquela personagem pra isso é um trabalho de ator em dublagem. Então essa é Talvez seja uma característica que eu tenho que é uma busca minha que eu passo adiante outra questão também que talvez eu tenha porque também é uma busca minha é a questão do fresh do tá sempre fresco. É muito comum quem tiver ouvindo aqui que for ator há muitos anos assim como qualquer profissão.

[03:40]
Jornalistas qualquer Nós criamos nossos vícios dentro da nossa profissão um jeitinho de fazer um jeitinho de fazer é que acaba que para você fazer depois diferente não é fácil aí se você é um profissional que gosta de se atualizar você vai à congressos faz o workshop participa de imersões e você vai mantendo aquilo fresco na sua vida, mas se não você cria um modo de fazer uma coisa e você fica escravo daquele negócio e o que eu percebo nos meus colegas dubladores mais antigos que tem o mesmo tempo que eu ou bem mais antigos que eu que graças a Deus eu conheço e são pessoas incríveis com trabalhos maravilhosos. É que muitos caem o que eu chamo de forma fazem sempre do mesmo jeito, não consegue mais ter aquele frescor de buscar entrar no personagem. Às vezes tem uma embocadura diferente da sua fala mais devagar do que você ou fala mais rápido do que você ou é mais suave que a sua energia ou você é muito suave, personagem é muito energético e muito fogo e você não é assim e você não consegue dar aquilo e aí fica sempre a mesma coisa, então tá vendo uma coisa entra na outra a coisa de você não cair na forma.

[04:40]
É coisa de ser Generoso o suficiente para fazer o personagem tá pedindo para mim. Isso é a base de um bom dublador. Então essa é a minha busca desde sempre e para finalizar a questão da atuação mesmo a atuação vários alunos meus ou amigos dubladores colegas gente já profissional, vinha sabe como sabe que eu dou aula e faço sempre muitos cursos eu fazendo curso como aluna, né? Para mim melhorar melhorar eu tenho essa busca por aprendizado muito grande, o que que eu faço para melhorar? O que que eu faço pra ir pro próximo nível? Sabe assim, eu falo vai melhorar sua situação. Vai melhorar sua atuação, sai daqui do estúdio e vai fazer curso de atuação pra televisão pra cinema pra teatro vai melhorar você como um ator vai estudar, você vai fazer cursos especializados e envio Point que são técnicas cursos de voz vai fazer tudo que você puder fazer fora daqui daqui do estúdio que quando você entrar no estúdio tudo isso vai estar em você e aí sem você pensar porque se você pensa você não consegue executar com naturalidade sem você pensar todo aquele conhecimento tudo aquilo que você estudou tudo.

[05:40]
Você experimentou experienciou tudo aquilo vem na hora que você tá dublando. Você nem pensa só vem e é uma coisa que eu busco fazer pra mim também, sempre me parece que em uma das coisas que que tu comentou é muito uma questão de caber dentro da boca daquele personagem, mas também dando espaço para aquele personagem ser quem ele é né? É uma questão de simbiose, né isso simbiose com esse personagem, então é como se saísse um cordão umbilical de mim e que passa pela televisão e vai pra outra atriz e vice-versa. Eu falo meus alunos sabem disso, eu brinco que quando eu entro em estúdio eu entro no meu mundo Matrix, eu entro no estúdio eu coloco meu fone. E aí eu falo pra operador de áudio pra operadora, pode passar pode seguir pode passar a primeira vez que passa se eu nunca dublê aquele desenho aquela atriz aquela série se é a primeira vez primeirona de tudo. Eu faço o meu mundo Matrix de brincadeira, eu brinco que eu entro tipo numa bolha e eu passo um scanner na personagem. Então eu vou descendo tipo, mas eu vou descendo e vejo ela é mais nova que ela é mais velha que eu ela.

[06:40]
Rápido que ela fala mais devagar que eu ela é mãe, ela não é mãe, ela é gay, ela é hétero é contemporâneo é moderno, ela tem uma embocadura muito louca. Ela tem uma boca enorme ela quase não mexe a boca para falar que língua que tá Aquilo em inglês é francês é coreana japonês eu faço esses scanner assim na primeira vez é um feeling é sensação eu abro os meus sentidos para aquela personagem para aquela atriz se é a primeira vez que eu tô dublando ela e aí na segunda vez quando eu vou passar novamente para ensaiar a cena. Aí sim, eu vou pro texto eu vou para o texto o que que eu tenho que fazer e aí vou pensar na questão técnica labial começar junto terminar junto aquela parte técnica mesmo, mas num primeiro momento é o meu cordão umbilical com ela pra eu ter esse entendimento e depois quando volta a dublar essa atriz ou volta a dublar essa série ou esse desenho já flui. Eu já nem preciso mais fazer o mundo Matrix, porque é igual o músculo, ele já tá em mim. Ah, eu já conheço eu já dubllei um episódio a dublê um filme dela já aí volta com uma naturalidade agora recentemente da Eva longoria que o dublê de haus lives e foi assim fazia tempo que eu não dublava ela na primeira cena já me veio tudo.

[07:40]
Veio o jeitinho dela, já me veio a voz já me veio em modo como ela fala e não foi nada foi como se eu tivesse dublado ela ontem. Isso volta, entendeu? Porque o mundo Matrix essa minha brincadeira funciona e nesse mundo Matrix Mabel. Eu imagino que tu tenha vivido várias vidas, né? Até mais do que se tu tivesse atuando em cena, não é mesmo? Porque são desenhos animados, né? Por exemplo a Minnie é o personagens mais velhas mais novas. Isso deve ser uma experiência muito interessante, como atriz é muito louco ontem, eu tava falando isso eu estava começando com uma amiga que não é atriz e ela falou assim. Nossa, mas você tem todas elas dentro de você, né? Porque se você dublou mais de 10.000 personagens nesse quase 30 anos de profissão tá tudo aí, né? Falei é tá tudo aqui dentro e por mais que eu não pense sobre isso e não lembre das coisas que cada personagem falou ou das cenas, né? Você fez o filme tal, eu acho que era você aqui dublou a mãe, não sei não lembro amor, não lembro porque muito muita coisa, entendeu? Fala uma frase da da da da da série tal. Eu falei.

[08:40]
Porque eu não tenho como guardar muita coisa, mas tá tudo em mim. Então, às vezes você bem honesta com você, me bate um cansaço de alma de já ter vivido tanta coisa, só que não fui eu uma Bel que Vivi e é por isso que eu comecei a perceber que eu gosto tanto de fazer silêncio de fazer silêncio vocal repouso vocal, porque quando eu faço repouso vocal. Eu também repouso a mim mesma a minha mente a minha energia porque são muitas dentro de mim e eu acesso com muita rapidez. Então tá tudo dentro de mim e às vezes eu só preciso silenciar porque é muita gente e quando eu vou fazer trabalhos energéticos, isso é curioso para quem costuma fazer trabalhos energéticos como eu tipo rei que mesas quânticas mesas radiônicas Body tal que microfisioterapia trabalhos energéticos em geral aconteceu já diversas vezes é bem legal. Eu já sei o rio quando o terapeuta ainda não me conhece ou não me conhece o suficiente. Eu falei assim engraçado, você trabalha com muita gente parece que tem várias histórias muitas vozes, eu percebo.

[09:40]
Muita gente ou muitas vozes ou muitas vidas, o que que é isso? Tá tudo no seu campo, o que que é isso? Eu falei é pois é muitas personalidades aí dentro é isso é quase isso é isso pronto matou a charada muitas personalidades. Então eu preciso esvaziar muitas vezes, sabe zerar e voltar.

[09:59]
Se você tá gostando dessa conversa, saiba que eu tô gravando áudio e vídeo pelo Riverside que é a plataforma onde eu faço todas as minhas gravações remotas com uma excelente qualidade de áudio e vídeo e você como é meu ouvinte pode usar o Riverside com 20% de desconto em todos os planos usando o link que está aqui na descrição do episódio e o código a era do áudio com o Riverside. Eu não me preocupo com eventuais quedas de internet e eu também tenho a possibilidade de selecionar trechos da gravação e exportar o vídeo em diferentes formatos, o que super ajuda na divulgação do Podcast nas redes sociais, então clica no link que está aqui no episódio e depois usa o código a era do áudio para ter 20% de desconto e depois desse rápido intervalo a gente volta para o episódio.

[10:51]
E agora eu me pergunto ao absorver essa energia das personagens é tem tem coisas que tu preferem não fazer imagino, né? Que hoje tu pode escolher, né? Aquilo que tu quer aquilo que tu não quer fazer, mas tem coisas que tu já te recusa porque são mais pesadas ou Porque vão contra alguma coisa que tu acredita algo do gênero tem hoje em dia tem já tem alguns tempinho e não é porque vai contra alguma coisa que eu não acredite. Não é porque eu cuido de mim. Eu entendi que cuidar de mim não tem preço e que eu preciso estar bem para tudo mais acontecer a minha volta como profissional como mãe para atingir os objetivos que eu quero simplesmente pra existir eu preciso cuidar de mim e aí eu comecei a perceber na pandemia quando todo mundo né? Viveu muitas coisas e aí eu comecei a perceber na pandemia que me fazia muito mal real do bla filmes de terror muito densos muito puxados é roupa psicológico ou então com muita violência de muita Matança com muito sangue, terror ou Violência Gratuita ou então videogames muitos dubladores que tem as suas vozes.

[11:51]
Games eu fui fazer um teste para um novo videogame na época e aí me mandaram um teste por e-mail e falou assim, esse é o texto e o nosso teste de amanhã, eu falei. Ah, obrigada tá recebi, quando eu fui ver não era longo teste, mas ela falava a palavra vou te matar vou te trouxer. Toma aqui a minha arma Poderosa. Não sei que lá das quantas era tudo tão violento que quando eu bati estava no meio da pandemia gravando de Roma estúdio quando eu bati o olho naquilo Primeiro me deu um jogo e depois me veio uma certeza absoluta que eu não queria fazer aquilo que não era para eu fazer aquilo e aí e para explicar isso pro estúdio porque a gente quer que seja você o teste é só uma prova o teste é só porque o cliente pediu mas na verdade a gente quer mesmo. Você já era você já estava marcado pra você e para explicar isso para o estúdio sem causar nenhum tipo de mal estar e aí, eu sei que eu cansei mal estar hahaha e o estúdio não gostou e foi mais uma das coisas que eu fiz tomando posturas pensando em mim não pensando nos outros e foi mais uma história que eu tive que bancar Ace.

[12:51]
Do quê? Eles não iam gostar mais de mim ou eles iam falar mal de mim ou eles iam me detonar. Ou eles não me mandarem mais outros tipos de trabalho, eu tive que bancar essa história e me parece que neto tem um lado espiritual e humano muito desenvolvido, né? Corpo mente etc, tu percebe isso com os teus pares assim com os teus colegas que são experientes esse desenvolvimento ou é uma coisa mais tua porque eu imagino que as pessoas que dublam e dublam muito também devam sentir essa sensação de estar meio overwatch, né? Meio sobrecarregado com tudo aquilo percebo que é uma busca minha a minha a minha vontade monstruosa, desde sempre de me desenvolver em todos os aspectos melhorar como profissional. E aí fazer o que eu queria fazer na época, eu era professora para virar atriz pra virar dubladora logo em seguida. Já comecei a dar aula de dublagem logo em seguida, já virei a diretora de dublagem logo em seguida. Eu já virei a diretora de voz original, porque era minha busca de querer fazer as coisas que eu tinha escolhido pra mim que ia trabalhar como atriz de voz, mas logo em seguida, eu comecei a ver que o buraco era mais embaixo, tudo isso passa acontecia.

[13:51]
Passando por mim por minha causa Mabel pessoa e aí eu comecei a minha busca espiritual energética, eu fazia terapias que ninguém conhecia e eu conversava com as pessoas ao meu redor. E ninguém falava mas o que que você tá falando, eu não tinha nem com quem conversar é depois as coisas foram mudando e as coisas foram abrindo no mundo em geral, né? E hoje em dia não preciso falar tá todo mundo num outro nível de consciência. Graças a Deus então o que acontece é que naturalmente as minhas relações foram mudando então pessoas que eram muito próximas foram simplesmente indo e de hoje em dia não fazem mais parte do meu círculo e pessoas que eu nem conhecia de uma hora para outra mal, conheci já grudou e já são pessoas que fazem parte do meu dia a dia com quem eu converso profundamente é isso tem uma questão de egos assim como os atores que estão em cena que estão com a sua imagem ali conhecida publicamente também tem essa questão de é muito muito ser humano, né, amor? Tem questão de ego dentro de uma escola com professores e todos os lugares é relato dentro de um escritório de advocacia, não é à toa que tem um monte de shows e séries de

[14:51]
De tarde de advocacia aí que a gente vê né? Tem questão de égua em todos os lugares, então e que não vai ter com ator, imagina e como a dublagem é um meiozinho pequenininho que não tem no Brasil todo só tem rio em São Paulo e agora um pouquinho nos últimos anos em BH aí o ego fica ainda mais, né? Porque eu faço parte de um grupo diferenciado minúsculo o Brasil inteiro não pode viver o que eu estou vivendo porque só existe aqui e aí é muito existe isso muito forte, eu comecei a perceber o quanto é tóxico. E aí conversando com terapeutas tanto terapeutas cognitivas, quanto terapeutas energéticas como eu te falei que eu faço várias eu comecei a perceber que não era só uma sensação ou que eu não estava julgando aí eu comecei a perceber então assim é delicado É complicado falar isso porque eu tô nesse meio né, mas é real e agora uma das coisas que eu tô vivenciando e também em primeira mão. Tô te falando isso aqui porque eu tô dublando só remoto. Mas então quando que você vai estar aqui no estúdio, eu não vou estar no estúdio sabe? Eu tenho o meu home studio isso começou com a pandemia e ficou para ti exato. Exatamente isso recentemente eu conversei com Guilherme Briggs.

[15:51]
E aí a gente tem a mesma opinião ele também tomou essa postura e essa desse fez a decisão um ano atrás talvez e eu fiz assim que entrou a pandemia. Inclusive eu participei de uma uma live com o Fábio Porchat que na época ficou sabendo que a gente tava todo mundo trabalhando remoto e ele tava feliz. Achou divertidíssimo. Achou interessantíssimo. Mas tinha uma galera no Rio de Janeiro que tava batendo de frente para voltar para o presencial na época e na época não tinha como ainda estávamos naquela situação de correr risco de vida naquela época começou em março, não foi esses estúdio especificamente que era contra em junho julho, já estava forçando as pessoas a voltarem e quem não voltasse presencialmente perdia seus personagens perdia seu trabalho, perdia seu papel. E aí o Fábio ficou sabendo disso e falou assim, vou fazer uma live sobre isso. Vou chamar vários dubladores. Eu vou ficar intercalando eu falei. Beleza bora fazer. E aí eu iniciei a Live, eu finalizei a Live e teve todo tipo de opinião que você imagina controversa. Teve como dizem fogo no parquinho e eu tentando trazer luz a situação e explicando.

[16:51]
Que se tem um trabalho e que a gente pode continuar trabalhando numa situação que todo mundo tá em casa sem poder trabalhar esse trabalho, por exemplo. É o nosso a gente trabalha com tecnologia a gente né? A gente trabalha com microfone e tecnologia a gente tem essa possibilidade de não faz sentido a gente se arriscar foi bem complicado então nessa época, eu sei que por causa dessa Live eu consegui clarear as ideias de muito dublador que a partir desta Live falou assim uma bel- uma frase que ela falou naquele dia uma coisa que ela trouxe que o Porchat trouxe que eles falaram rapidamente mudou minha opinião, eu já fui montar o meu rumo estúdio já fui entender sabe depois disso. Eu dei muita mentoria falando sobre isso ensinando como fazer abrindo a cabeça das pessoas do Meio profissional já do meu meio ou não explicando o que era possível. Eu fiz todo um trabalho que eu brinco que é um trabalho de formiguinha de mostrar de conscientizar e é a realidade que eu estava era a realidade que eu estava vivendo real e aponto que eu saí do apartamento e fui morar numa casa não mais na grande São Paulo estava em São Paulo, né e fui morar em Campinas, porque eu queria a qualidade de vida e eu podia mas eu lembro que em Campinas ainda cheguei.

[17:51]
Tá em São Paulo para gravar algumas coisas presenciais não me fez bem. Comecei a tomar postura de estar só no remoto e recentemente eu tive que bancar essa postura para mais um estúdio que veio meio me cobrar entre aspas, né? E eu falei com todas as letras, olha querida. Eu tô aqui pode contar comigo Direto e Reto. Eu tô aqui à disposição, não importa fuso horário diferente, tá tudo certo, mas presencial, eu não volto então é uma postura que eu tive que tomar em prol da minha saúde mental, inclusive as locuções para a Globo são feitas da tua casa, né? Sempre foi foi tranquilo com a Globo fazer esse esse acordo de fazer de casa foi muito antes de eu tô na Globo há 10 12. Eu Sou péssima de número gente depois eu vejo na internet. Hahaha OK? Quando eu comecei lá eu fui muito clara com eles. Eu falei olha eu na época eu comecei fazendo chamada de uma única novela, né da novela, Joia Rara e eu tava como atriz nessa novela no elenco de apoio. Então eu tava fazendo o elenco de apoio como atriz dessa novela, eu era secretária do Zé de Abreu do ator José de Abreu.

[18:51]
Eu era dubladora diretora de dublagem, eu não tinha como tá lá na emissora no Jardim Botânico todo dia para gravar as locuções. Então eu tava lá no início pra gente se ajustar eu ser dirigida pelos diretores e chegar onde que eles queriam que eu chegasse e conhecer todo mundo, mas eu falei eu preciso trabalhar remotamente, senão eu não consigo. Daqui a pouco eu vou viajar com a minha peça eu ia fazer e viajei mesmo fazer uma torneira pelo sul e eu falei como é que eu vou estar fazendo eu não tenho como E aí a gente começou a desenvolver, eu comecei o microfone ideal o jeito ideal de gravar e desde sempre foi remota então quando me aquede entrou que é o outro dublador que também é locutor da Globo. Ele já entrou sabendo que o meu era remoto então ele também entrou nessa parada porque uma Cade a mesma coisa e sempre foi não foi problema. Nunca foi problema você falou né que atuou na novela Jóia Rara Jóia Rara é uma das é foi e você atuou na a vida da gente também, né? Eu lembro disso e foi engraçado e até tem uma pergunta para te fazer se as pessoas escutam a tua voz assim no dia a dia quando você está no Brasil, principalmente.

[19:51]
Se elas perguntam Nossa mas eu conheço a tua voz de algum lugar e se acontece das pessoas te reconhecerem porque eu lembro que eu era muito fã da novela A Vida da Gente e eu já te conhecia de nome, mas eu não conhecia não podia associar o nome a pessoa e aí eu vi uma cena em que tu tava conversando não lembro se era com a Fernanda Vasconcelos era uma cena e eu pensei meu Deus. Eu preciso ir na Wikipédia agora aí eu fui quem que é essa atriz quem é quem eu conheço a voz dela de ouvir pá é a mabel. Eu fiquei tipo assim, sabe foi muito foi muito marcante. Porque no momento que tu falou o reconheci a voz assim, eu achei incrível, eu lembro disso até hoje, mas é exatamente isso a vida inteira, eu passei por isso eu abri a boca e as pessoas falavam antes da gente ter Facebook, bombando o Instagram bombando a abrir uma boca e falavam. Nossa parece que eu conheço você de algum lugar atrás era assim eu falava não acho que você conhece a minha voz, porque eu sou dublador e tal aí depois com a Internet rede social começou a ter reconhecimento da pessoa mesmo de entrar no Uber e o Uber, fala assim um dia tudo bem tudo bem e tal aí daqui a pouco.

[20:51]
Pessoal, olha para trás o cara a moça, desculpa, mas eu preciso falar eu conheço sou fã do seu trabalho. Eu sigo você no Instagram ou no YouTube ou sabe assim então começou a acontecer com muita frequência e tem aquela coisa de Às vezes as pessoas mais novas até na verdade. Depende de idade tem uma coisa de meu Deus você falando. Tem alguma um remédio coisas que repete coisas assim, eu não sei nem explicar. Vem memória vem sensação. Vem tudo junto. Eu falei é porque eu sou dubladora há quase 30 anos. Então assim aquela famosa frase que tem dublador que não gosta de ouvir você se sente muito velho, eu amo que é mas você faz parte da minha infância ou ou da minha vida ou eu falo eu entendo porque eu entro na sua casa, eu entrava numa época que não existia streaming, principalmente a gente ligava à televisão enquanto ia fazer as coisas a gente ficava ouvindo as vozes e a gente tava vivendo arrumando casa estudando cozinhando e as vozes entravam na nossa vida. Então, eu sei que a voz entra tem esse poder então isso acontece direto isso também me remete.

[21:51]
Período até da minha vida e que eu consigo lembrar de dublagens memoráveis que ficaram marcadas, né? Lembro de voltar para casa da escola e tava passando no SBT. Eu A Patroa e as Crianças por exemplo, né? E foi a dubladora da Jay e entrando nesse assunto. Gostaria de falar contigo sobre dublar comédia. Como é que foi essa experiência, né óbvio? Não foi a tua única experiência do Blando, comédia. Mas me fala um pouco dessa experiência porque é uma dinâmica muito rápida, imagina que os atores falem rápido, né? Então como é que foi essa experiência pra ti. Foi muito legal. Eu adoro fazer comédia eu adoro dublar comédia porque primeiro é muito difícil e eu agora eu adoro um bom desafio e segundo porque ele leva a minha vibração, então eu me sinto melhor, mas assim na época eu não fiz teste eu tinha pouco tempo de dublagem. E aí chegou essa série e eu não fiz teste para ela o diretor na época o Peterson, eles sugeriu três dublaturas para fazer ela e três homens dubladores para fazer ele e enviou as possibilidades para a Disney sabia que era Disney na época, porque as coisas não eram faladas pra gente sabe?

[22:51]
Tem coisas na dublagem que o dublador que é a mão de obra não fica sabendo essa informação não chega. Como assim não você não precisa saber essas coisas não sabe assim isso eu passei a minha vida inteira nos estúdios tinha informações importantes, por exemplo, eu não sabia que eu Patroa e as Crianças era da Disney, eu fui saber distribuição Disney e depois muitos e muitos anos depois os dubladores são tratados hoje, talvez um pouco menos mas ainda tem pelos donos de estúdio ou pelo gerentes. Como assim ai, visse? Enche o saco não não precisa falar. Não não conta isso não conta e não explica isso. E aí eu fi não fiz teste para ela e a Disney mandou pro pro diretor ignorou as opções das mulheres e dos homens e falou eu gostaria que quem dublasse ela fosse a Mabel Cezar, quem dublasse ele fosse o Paulo vinhoto aí o Peterson chegou para mim e falou tem uma série que a gente vai fazer comédia assim bem exagerada difícil energética e eu não escalei você porque eu não achava eu não acho assim a princípio que é pra você não mas a Disney mandou você e o Paulinho para fazer ele então vamos embora pega de jeito aí.

[23:51]
Ouça melhor. E aí eu falei. Fiquei muito feliz Óbvio. Comecei a dublar e percebi o quanto era difícil e o quanto era energético e eu me lembro que ele me botava antigamente a gente dublava hoje, ainda tem também mas mais antigamente de ou num período de 8 a 15 era o primeiro período e o outro período de 15 às 22:22. Então ele me botava de 8 a 15 então um diretor fica de 8 às 15 e outro diretor fica de 15 a 22 como intervalo de almoço intervalo de janta no turno da tarde até São trabalhava de manhã me botava de 8:15 para chegar a oito no estúdio eu que morava em Bangu no Rio de Janeiro que era muito muito longe. Eu saí de casa muito cedo, acordava muito cedo. Aí eu chegava lá em ponto sempre foi muito pontual, chegava lá começava a dublar quando eu parava para o almoço e voltava do almoço. Eu já não tinha mais energia. Eu já não tinha mais força porque eu tinha acordado muito cedo. E porque ela me cansava muito eu falei isso pra ela depois no no agora que a gente eu converso com ela pelo Instagram. Eu falei pra ela eu falei ela me cansava muito e aí eu lembro de pedir pro Peterson me coloca em dois três dias sabe poucas horas num dia algumas horas no outro dia.

[24:51]
Aí mas você vai gastar essa gasolina você mora super longe, você vai querer vir vários dias você não prefere fazer de uma tacada só e aí eu lembro de falar pra ele preferiu preferiria, mas eu não aguento naquela época, eu já tava me dando conta dos excessos, mas eu forçava a minha barra como eu forcei durante muitos anos a ponto de depois o meu corpo reclamar e cair doente, mas naquela época eu ainda forçava e caía na e caía na na conversa do que as pessoas diziam. E aí eu lembro que eu falei pra ele e falei não mas eu prefiro porque eu não aguento ela é muito cansativo, ela me cansa muito e assim eu fui e foi assim até foram vários anos do plano ela nessa série e eu aprendi eu não sabia que eu tinha time de comédia a Disney tinha visto isso em mim antes de mim, olha que louco então assim eu não sabia foi fazendo ela que eu me dei conta de que eu tinha tá em mim de comédia e eu aprendi muito com ela e também aprendi muito a questão da adaptação, né? Porque dublagem é versão brasileira dublagem, não é tradução simultânea. Então aprendi muito a questão do adaptar.

[25:51]
Então assim ela fazia uma um tipo de comédia que funciona muito bem em inglês, mas que em português certas coisas não funcionavam. Então como que a gente vai adaptar e o Peterson é maravilhoso fazendo isso. Ele é muito bom adaptador que é o diretor, né? Sempre foi uma criança aqui dobrou e sempre foi uma criança prodígio, então, ele é muito bom nisso, então tinha horas que dava um nó na cabeça e a gente falava meu Deus, só que não funciona ou essa piada não funciona ou esse jeito de falar não funciona, sabe então chega para vocês uma tradução, tipo uma tradução base e que vocês tem que trabalhar aquilo pra caber na boca do personagem. É tipo isso uma bela eu não diria uma tradução básica hoje em dia os tradutores pra dublagem já sabem até porque tem muita gente formada em tradução pra dublagem hoje em dia, né ou antigamente quando na época do é Patroa e as Crianças, quando começou não era um pouquíssimos hoje em dia não tem a Sociedade Brasileira de dublagem uma empresa com a Rayane que formou muita gente ou outras escolas também tem então o texto que vem já é um texto preparado para atores que vão falar que aquele texto Ah, beleza, mas ainda assim.

[26:50]
Gente, tem que fazer adaptação porque pode não encaixar na labial aquele texto pode estar muito grande para aquela labial ou pode estar muito curto para aquela labial as pessoas não fazem ideia disso, mas a gente nós dubladores temos que pegar as bilabiais explosivas que é o p o b e o m então se a frase começa ou termina com uma palavra com ma ma ba eu preciso botar uma palavra em português que também tenha e se aquela palavra em inglês quando eu traduzo ela para português a palavra em português não tem labial, eu tenho que botar outra palavra ou eu coloco um sinônimo ou é um inverto a frase o que tava no início da frase eu jogo para o final e o que estava no final eu jogo pro início as pessoas não fazem ideia disso, mas a gente Mexe em tudo para poder encaixar perfeitamente no lip syn, então e a gente também faz adaptação para poder para o entendimento então sem mexer na obra original, eu preciso adaptar para o povo brasileiro que é quem vai ver aquilo do outro lado então é patrão e as Crianças teve muito desafios em cima disso muito e também uma coisa que se você que é fã, você tá ouvindo agora e é fã.

[27:50]
Eu Patroa e as Crianças pode perceber no início ainda não tínhamos uma questão do Politicamente correto da ética dessa consciência como sociedade que temos hoje em dia então no início da série tem bastante coisa que se você ouvir abrir os ouvidos e ficar atento você vai ver que são coisas que hoje em dia nunca não falariamos o que eu acho ótimo porque não faz sentido, mas naquela época tinha muita coisa aqui hoje em dia não se fala mais aproveitando para falar sobre a questão da transformação no estilo de fazer dublagem. Eu imagino que imagino não né? Eu sei que no Brasil a gente tem toda essa peculiaridade no jeito de falar temos muitas expressões. Temos muitas piadas é um universo à parte, eu que moro aqui em Portugal, eu consigo ver bem a diferença em termos de língua portuguesa no Brasil. A gente tem a nossa língua do humor assim é uma coisa muito muito peculiar. E aí eu me pergunto na hora de fazer a dublagem existe uma Liberdade até que ponto vai essa liberdade houve uma transformação em relação a isso ao longo dos anos como é que é isso Mabel? Ouve.

[28:50]
Necessária porque antigamente não tinha internet então a gente podia quando fala a gente os dubladores, né categoria. A gente podia fazer o que a gente queria por exemplo. Lembra tipo você não sei se você lembra tem 21 a série que passava na Globo de tarde, quando eu fazia o segundo grau chamado primo cruzado, essa série era de uma pessoa que morava em Nova York e um primo ia morar com ele. Esse primo era um primo muito caipira na dublagem ficou que esse primo vinha de Minas Gerais, era engraçadíssimo e falava de pão de queijo e falava com sotaque Mineiro era maravilhoso muito bem dublado muito bem dublado quando eu comecei a dublar sentada lá no pátio da Herbert Richards famosa Herbert Richard, eu descobri que na verdade esse cara que vinha do interior, vinha da Grécia esse primo que vinha morar com esse primo em Nova York, vinha da Grécia, só que quando essa série chegou na Herbert Richards, não tinha internet, lembra anos 80 e início dos anos 90, como é que as pessoas iam saber é expressões da Grécia piadas comida e sotaque jeito de falar não tinha como saber então teve que fazer uma adaptação e chegou na

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Grande ideia do Mineiro e super encaixou ele usava uns uns macacões jeans que parecia bem coisa de roça e super em cachorro ou então no filme As Branquelas o filme que fez esse sucesso absurdo no Brasil só no Brasil, porque nos outros países não fez porque a dublagem é primorosa numa época em que a gente podia falar qualquer coisa então falava-se sobre nome de programas brasileiros programas que estavam passando fala do Programa do Ratinho falar da Hebe fala piadas patadas, né? Coisas bem da época e tal ninguém ia ver aquele filme sem ser dublado no Brasil. Não tinha outra opção. Quando começou a chegar internet aí não tem como você tá vendo a obra original ao mesmo tempo em que você tenha dublagem. Então você não tem como pirar na batatinha, você não tem como fazer igual o pessoal os meninos faziam na época do Tartaruga Ninja que eles contam que eram sei lá, não me lembro quando Tartarugas Ninjas gente não sei os dubladores entrava no estúdio assistiam a cena naquela época, a gente dublava junto, então tinha isso a gente vamos lá para separado como a partir dos anos 2000.

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Então entravam os três juntos no estúdio o texto. Tava lá, eles dava uma passada de olho no texto, eles viam a cena eles viravam o texto de costas e eles criavam o texto para ficar engraçado e tudo podia na época podia tudo podia e eles são Geniais são dubladores Geniais até hoje porque eles tiveram essa escola hoje em dia isso é impossível, você faz isso como exercício num curso, mas nunca você vai mexer na obra original, mas quem é que diz que não podes são as distribuidoras são os estudos é tudo é tudo as distribuidoras os estúdios os diretores a consciência da sociedade hoje em dia o bom senso a questão da ética existe uma obra. A gente não pode mudar essa obra. A gente pode adaptar para o nosso país. Qualquer dublagem de qualquer país vai rolar uma adaptação para as questões do seu país, mas não pode mudar a obra original, você não pode mudar a obra original de um trabalho de uma pessoa de um diretor que criou aquele conceito que botou aquelas falas daquele ator que do que ensaiou daquele jeitinho.

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Pode mudar. Você pode adaptar uma coisa ou outra, mas não é não dá para fazer isso, entendeu? Então mudou-se muito a dublagem de quando eu comecei para dublagem a partir dos anos 2000 em diante e a comédia é o que mais sofreu com isso eu ia mesmo chegar nesse ponto, tu acha que isso deixou a comédia dublada menos divertida essas transformações. Acho que tem um exemplo clássico assim para mim desenho Procurando Nemo a animação Procurando Nemo a primeira dublagem de Procurando Nemo. É um Primor é uma obra de arte, não é ponto de vista. Depois teve a dublagem uma redublagem quando Procurando Nemo passou novamente no cinema no Brasil, por conta do 3D. Acho que foi isso o som 7.1 blá blá blá não me lembro e o 3D. E aí tiveram que dublar a maioria dos dubladores estava viva ainda então a maioria do Globo os mesmos personagens o Nemo não pode mais dublar porque o menininho que na época era um menininho já era adulto. Então foi um outro menininho poucos dubladores não dublado. E aí para mim perdeu a genialidade. Por quê? Não é porque a gente perdeu a voz original do Nemo que o Gustavo.

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E era mesmo e realmente gostaria até hoje é um super dublador que ele cresceu sendo geniusinho que é o Gustavo Pereira adulto hoje tal, mas não é nem por isso é porque na época do primeiro Procurando Nemo existia essa flexibilidade da versão brasileira então a distribuidora no caso Disney Brasil, permitia coisas muito interessantes coisas assim no original a frase é não sei que lá não sei que lá aí na dublagem tá em off. O que que significa tá em off não aparece a minha personagem falando. Você só ouve a voz aí no original, tá? Não sei que lá não sei lá, mas em português a frase é um pouquinho maior então em português ficou não sei que lá não sei que lá não sei que lá mais uma sílaba tá em off não tem problema, entendeu? Tá em off ninguém vai ver a frase em português tem mais uma sílaba, não tem importância para passar um pouquinho hoje em dia isso é impossível, não não não não não tá em off, mas é só porque para poder fechar a ideia não não não não faz exatamente como tá no original ponto um tem mais coisinhas de genialidade de licença poética que a gente

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Tinha e por conta dessas coisas de hoje em dia a tecnologia distribuidor muito Cacique para pouco índio muita gente mandando gente que não necessariamente entende muito e aí, tira-se a genialidade da coisa então o Procurando Nemo é uma é um exemplo disso ou então quando eu vi procurando Dory também eu fui esperando uma coisa genial e sair do cinema não achando genial senti todos os dubladores de mãos atadas, sabe? Quando você sente eu fico com muita experiência, já eu assisti com a sensação de que todos poderiam ter sido mais brilhante melhores e que todos foram meio que colhidos não faz isso faz assim, não faz dessa maneira segue. O original não pode fazer isso sabe a sensação que me dá é essa.

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Eu tô interrompendo a entrevista tá bem rapidinho para te fazer um pedido. Muito importante se você tá gostando da era do áudio. Vá ao seu tocador de Podcast Favorito e siga ou assine esse podcast essas coisas como deixar seu follow deixar seu review são muito importantes assim os aplicativos de Podcast mostram esse programa para mais pessoas por exemplo se você está ouvindo pelo Spotify, além de seguir também, pode deixar umas estrelinhas lá pra gente obrigada por ajudar esse podcast a crescer.

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E os dubladores, muitas vezes eu imagino que eles já chegam no mercado assim porque eles já vem de uma formação assim ou até os diretores já vem de uma formação assim, né mais dentro desse quadradinho, né Mabel exato que é uma pena esse tipo de conversa muita gente muitas vezes, eu tenho ou tinha com algumas pessoas mais novas, não alcançam o que eu tô dizendo porque não viveram o que eu vivi. E aí eu tento explicar como era sabe eu tento explicar as possibilidades que a gente tinha as coisas que a gente podia fazer para ver se a pessoa acorda e fala uau. Então tá, deixa eu tentar dentro do meu trabalho hoje em dia como dublador que é eu sozinho dentro de um cubículo e não mais dividindo bancada com colegas ou eu agora como diretor ou diretor sou novo. Eu só tenho 27 anos. Só tenho 25, só tenho 30, mas já sou diretor já sou diretora. Deixa ver como é que eu posso vir transformar. Trazer isso para os meus atores dentro, ele não tem uma função eu falo isso não alcançam o que eu tô dizendo. Ele só seguem o que tem que ser feito a cartilha. O que é uma pena aproveitando me fala um pouco sobre o trabalho como diretora de dublagem.

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O que faz o diretor para dublagem? Que tipo de de coisas ele tem que estar atento na hora de dirigir o dublador precisa primeiro conhecer o material que você vai dirigir então assim assistiu o que você vai dirigir assistir profundamente e não como tenho alguns diretores que o estúdio traz o material pronto o texto pronto e fala amanhã você começa esse projeto aqui. Toma correria, às vezes é tanta e às vezes é correria, às vezes é por conta de prazo e às vezes é porque o diretor não quer mesmo não quer dar esse trabalho o que é um absurdo então primeiro ponto assistir profundamente e entender o que vai ser feito procurar saber quem é o diretor daquela história se ele se inspirou em algum livro ou em outro filme pra poder fazer aquele filme aquela série aquele desenho. Eu também vou lá assistir o que ele se inspirou para eu entender a linguagem pra eu entender o conceito para não entender a vibe aí ponto dois a escalação o diretor vai pensar em quem eu vou escalar para aqueles personagens e não tem muito a ver mete de voz a voz perfeita. Nossa, a voz dela é igual a voz da Marcela. Então vou escalar.

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Não não é isso a voz dela é igual da Marcela é mas a vibração dela é igual a vibração da Ananda, eu vejo a Nanda fazendo com vigor isso aqui a Marcela é mais suave, apesar de ter a voz Idêntica, o que que eu então o que que eu penso eu como diretora eu vou escalar a Nanda que vai encaixar na personagem a voz, não é parecida, mas ela vai encaixar como uma luva. E é isso que conta no meu ponto de vista como diretor, aí depois da escalação é eu dirigir efetivamente esses atores, né dentro de estúdio conseguir tirar o máximo de cada um mostrar explicar a história pra cada um fazer que cada dublador que entra no estúdio seja entre no mundo Matrix e entre naquele ambiente sabe não estão mais em 2023, por exemplo estão em 1940. Tem um jeito de falar tem um jeito de se vestir tem uma postura para poder sair da rua. Chegou da rua daquele jeito sabe sair do dia a dia e conseguir entrar na vibração da personagem na época da personagem quando termina tudo.

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Isso qualquer questão que tenha a ver com a dublagem também é coisa do diretor também é função do diretor então Mabel. O cliente tá pedindo para trocar seis por me dúzia, né na cena tal não é simplesmente faz aí porque o cliente mandou trocar por minha dúzia não falo não. Pera aí calma, deixa eu ver não é quantas vezes por fazer em nome disso é rir take ou correção, você vai refazer um take vai fazer uma correção que o cliente mandou quantas vezes eu fui fazer uma correção fazer um take como dubladora. E aí quando eu vejo a cena eu falo não mas não faz sentido se eu trocar seis por meia dúzia vai perder a referência daquela cena lá porque ela falou não sei quê? Não sei o que que é que é o seis que contam, né? A dúzia não vai fazer sentido e aí eu dubladora. Quantas vezes já expliquei isso. E aí o diretor que estava acompanhando o retake ou então não tinha nem diretora acompanhando o retake só o técnico de áudio mesmo eu falo amor, eu não vou fazer esse Rei tá? Ué, por que Mabel por causa disso disso, mas deixa que eu vou entrar em contato com o diretor ou com o estúdio e vou explicar isso quantas vezes eu não fiz isso como diretor. Eu também faço isso famoso NP de não.

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Cede. Então chega a lista de retakes e eu vou analisar eu sou a diretora eu que dirige eu que escalei eu sei daquele projeto de cabo a rabo isso faz sentido tudo bem. Você não quer esse palavrão vamos trocar ou então aqui não tem palavrão, você quer que eu coloque ele de volta. Beleza? Vou botar de volta, mas assim Tem coisas que não procede isso também é função do diretor, então assim a obra toda fica na mão do diretor do início ao fim acontece também da pessoa que tá dirigindo dirigir aquele ator que está dublando dirigi-lo assim fisicamente do tipo faz um gesto com o braço porque tu vai pegar o movimento e a tua voz vai mudar também ou vira pra esquerda e pra direita enquanto fala assim como a personagem tá fazendo existe essa direção física também do dublador deveria, porém não é a realidade porque porque assim a gente tá num currículo eu que dublê com muita gente ao meu redor tive essa escola de dublar junto e só essa atriz que você como eu falei no início busca o fresco e faço um monte de curso e tal. Eu já entendi que o meu corpo faz.

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De tudo por mais que o meu trabalho seja só a voz, estou ali em cena no meu cubículo com o fone no ouvido, mas o meu corpo inteiro está para aquela cena e às vezes a não preciso nem me mexer, mas o meu corpo tá em prontidão, porque muitas vezes se eu me mexo eu saio do microfone então se eu me mexer demais sai do microfone. Então eu preciso fazer as coisas de maneira que eu fique como meu pé no chão meus dois pés no chão que são a minha barra que é a minha base posso até mexer os braços posso mexer, mas eu não posso tirar a boca do microfone a direção do microfone então tendo dublador que faz isso naturalmente lindamente e tem dublador que fica lá naquele trabalho como eu te falei de forma entra na forma fica burocrático, tá um trabalho de voz cabe ao diretor ou a diretora sim sugerir João nessa hora. Ele tá sentando né? Joga o corpo um pouquinho pra trás faz então como eu tava te falando deixa essa respiração vira então, ele tá levantando né? Ponho então tá bem. A gente tá indo agora coloca essa coisa isso deveria que vida da direção se o dublador não tiver fazendo.

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Nem sempre amor, temos muitos diretores, infelizmente que não estão preparados para isso. E tem alguns sotaque algum idioma assim, que seja muito desafiador para dublar Mabel se ela fico imaginando um british X é assim que deve ser um pouco mais difícil do que um saque americano, que pronuncia mais as vogais assim então imaginando né? Porque eu não sei para mim é fazer o Bridget XD não é simples real na hora de dublar porque eu brinco que parece que eles têm um ovo na boca, né? Vó não é o mais complicado para mim o mais complicado sempre foi e continua sendo o espanhol porque o espanhol é muito parecido com o português, quanto mais parecido mais difícil é então bate em palavras que são idênticas em português em espanhol. E aí em seguida a palavra que não é igual é uma palavra que é igual uma palavra que não é igual duas palavras iguais duas palavras diferentes, três palavras diferentes duas palavras iguais e aí você que está assistindo fala engraçado uma vez Às vezes bate junto, às vezes não bate junto, parece que tá bem dublado, mas parece depois que não tá bem dublado que coisa complicada É porque tem palavras que são idênticas. Às vezes a palavra é.

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Mas a entonação é outra então a palavra é igual mas fala-se com a tônica na outra sílaba, na hora que você vai dublar também isso muda e tem a Bendita língua entre os dentes que o espanhol tem é muito mais do que o inglês o inglês também tem a língua entre os dentes, mas do inglês é mais suave a língua entre os dentes no inglês se dissolve no meio das outras sílabas no meio das frases no meio das palavras a língua entre os dentes no espanhol. Seja um espanhol da onde for que são completamente diferentes, né? O do México é diferente da Colômbia que é diferente da Argentina que é diferente da Espanha cada um é de um jeito, mas todos têm a Bendita língua entre os dentes e que pra gente dublar é uma coisa então assim pra mim o mais difícil continua sendo o espanhol. E aí tem um espanhol do México onde eles falam mais devagar. Então como eles falam muito devagar e falam muito marcado. A gente também tem que falar mais marcado e tem que abrir mais a boca, parece que já estimulam mais exatamente, só que se eu falar devagar assim fica esquisito. Então eu tenho que falar e

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A mais palavra porque parece que eles estão batendo mais a boca ainda tem a língua entre os dentes então tem que falar um pouco mais rápido. Apesar dele não tá falando tão rápido assim, então preciso falar mais rápido botar mais palavra pensar mais rápido isso México na Espanha. Aquele monte de série da Netflix, que hoje em dia tem séries espanholas, quando eu fui la casa de papel. Nossa Que desespero é um rápido diferente, não é um rápido, mas tanto a boca como o o mexicano que você cansa com a sua articulação é um rápido porque a TV mas é muito rápido, então assim o espanhol para mim continua sendo na hora que eu vou fazer quando eu penso que eu já já tá mais simples, quando eu penso que eu já peguei vem um outro me dá uma passada de perna no espanhol falou tá meu Deus como esse negócio não é simples. Tem algum idioma assim um pouco menos comum menos conhecido pelos brasileiros que tu já dublou assim, que tipo nossa que língua difícil, assim que língua inusitada tem surpreendentemente dublar Russo. Foi simples. Já falei Russo várias vezes, eu não sei se o Russo tem a fonética parecida com português. E aí flui tem uma fluidez muito tranquila.

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Eu lembro uma vez de fazer um documentário Somália. Talvez sabe e era documentário não era dramaturgia e eu lembro que era uma coisa assim gente vai ficar Engraçado eu falar tá e eu não quero que ninguém se fique aborrecido com o que eu vou nessa só uma questão de fonética, porque eu não conheço essa língua e eu lembro foi muito difícil era uma coisa assim, neném, nem ama nem ama nem ela nem ela é uma mãe. Falei gente ela a mulher tá falando ele e m só tem l e m e era assim na musiquinha ali na mão coisa e era uma coisa triste uma história de vida triste, então colocar verdade veracidade credibilidade e aquele monte de fonema em português que é enorme bebê R tra tra lá naquela boca de língua, mas nem imagina fui muito difícil e Mabel. Nossa tem enfim tantas coisas eu vou eu não quero te segurar para mais muito tempo, mas tem algumas coisinhas ainda que eu quero muito.

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Saber da tua trajetória e bom tu teve que bancar muitas coisas ao longo do tempo, né? Teve uma entrevista tua que eu que eu escutei que eu gostei muito falou que chegou um ponto que tu decidiu que tu não queria mais trocar tempo por dinheiro, porque quando a gente presta serviço, né? Nós trabalhamos para o nosso tempo e nós temos o número limitado de horas no dia não é mesmo então tu teve essa virada de chave, me fala um pouco sobre esse momento a tua experiência, né? Como empreendedora como empresária. Como foi essa virada de chave para ti eu tive Burnout naquela época não se falava essa palavra. Mas foi o que eu tive algumas vezes na minha vida. Teve uma vez, eu já tava casada não tava namorando a Rayane hoje minha esposa eu cheguei do estúdio depois de trabalhar 12 horas por dia aí tinha dado aula de dublagem lá na calma uma escola de atores que eu dava aula no Rio e eu cheguei com aquela bolsa enorme cheia de texto cheia de fone que eu levava meu próprio material para dar aula e ela abriu a porta eu cumprimentei ela e desmaiei ela ficou sem saber o que fazer, não demorei muito acordar não, mas desmaiei literalmente no chão por exaustão. E aí.

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Taiane na época sempre muito visionária é Ela falou tem que ter uma outra forma não é possível que quanto mais quanto melhor você fique no seu trabalho e quanto mais experiente você fique no seu trabalho, a única forma de você ser remunerada é trabalhando mais não faz sentido porque aí você Vai envelhecer você não vai ter a mesma saúde e para você manter aquele padrão de vida, você tem que continuar trabalhando muito porque é isso que faz porque o dublador experiente ganha mesmo no Brasil ganha a mesma coisa de um dublador iniciante então dublador iniciante tem todo o pique do mundo então as coisas começam a acontecer pra ele quando ele entra no mercado mesmo que ele faça a semana inteira só de vozeirinhos, não precisa nem ser papéis importantes, mas eles é a mesma hora e aí o dublador experiente para conseguir manter aquilo, ele continua tendo continua dublando muito pra poder manter o padrão. Ela falou não deve ter uma outra forma a gente não precisar trocar tempo por dinheiro é isso. E aí eu já dava aula, muitos anos e a Rayane já era tradutora para dublagem estava começando a dublar também e ela falou vamos fazer um curso de tradução para

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Diferenciado onde vai ter a tradutora para dublagem no caso ela e é uma diretora de dublagem no caso, você não tem nenhum curso que seja assim os X2 profissionais no curso é um curso que vai ser game Change assim para o mercado. Aí a gente fez esse curso presencial para a gente testar. Vê se funcionava. E foi lindo assim, a gente não queria que o curso acabasse sabe tinha muita coisa era muita informação foi muito rico, foi um final de semana que passou voando. A gente falou não tá testado então a rainha. Agora eu preciso estudar marketing digital, porque a gente não entende nada disso e eu falei eu não tenho tempo disso. Ela falou não tem problema eu eu estudo eu tinha que estar no estúdio todo dia toda hora e ela ficava em casa estudando e ficou em casa estudando e aí a gente lançou o primeiro nosso primeiro curso online que foi a tradução para chamar a profissão tradutor para dublagem online, a gente gravou várias horas de curso a gente teve bônus, tinha aulas online tudo que você passa imaginar esse curso existe até hoje e a gente lançou com todas as técnicas que o marketing digital tem. Ela estudou horrores para isso depois eu também fui estudar e deu certo e aí a gente começou a ver que funcionava. E que o marketing digital estava aí para poder.

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A minha nossa e de todo mundo e aí a gente começou a estudar muito aí eu fui estudar muito empreendedorismo digital marketing digital desenvolvimento pessoal, porque todas as pessoas que eram bem sucedidas no marketing digital não estudavam são marketing digital, né? É estudavam para se desenvolver como pessoa então eu fui fazer milhões eu e Rayane milhões de cursos pra gente se desenvolver imersões fora do país a gente se formou coaching, mas era assim ao mesmo tempo que a gente estudava empreendedorismo e marketing a gente estudava a gente o ser humano, como sair da escassez. Como sair do padrão de vida que te colocaram na cabeça um a sociedade. Onde você cresceu o modo como você foi criada criado. Nossa gente estudou muito e Continua. Estudando até hoje e ai ai esse bebê começou a crescer a gente Abriu a empresa a Sociedade Brasileira de dublagem. E aí eu comecei a fazer também eu falei assim bom. Agora eu preciso montar um curso online de dublagem. E aí eu fui mais uma vez taxada pelos meus colegas de charlatã, porque Como assim isso não existe isso não existe dublagem estudar online isso não existe quem ela pensa que é ela tá querendo.

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Tá ela tá querendo todo tipo de frase, eu ouvia na minha frente ou por fofoquinhas mais uma vez, eu tive que bancar a história, né? Bancária levantar respirar e falar. Eles não sabem o que dizem. Vou seguir a minha vida, só eu sei e da minha vida e lancei primeiro e lancei depois vários cursos online de dublagem o dublador extraordinário cursos de prática de dublagem cursos menores mentorias. E aí novidade. Olha que novidade depois um monte de gente começou a fazer igual jura. Sabe por que será nunca mais eu abri mão dessa possibilidade, né Muito Antes De pandemia muito antes de se falar porque é simplesmente eu entendi que o mundo tá aí pra tudo não faz sentido eu viver Daquele mesmo jeito, eu não tô saindo da minha casa e alimentando os cavalos e botando eles para treinar e depois eu volto para casa, meu trabalho é outro meu trabalho é com tecnologia, meu trabalho permite eu estar presencial ou não meu trabalho permite eu me conectar com gente do mundo inteiro, olha que maravilha. Eu tô dublando aquela atriz e converso com essa atriz.

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Eu continuo estudando eu estudo ao redor do mundo, se eu quiser enfim e aí nunca mais a gente Abriu. Mão disso e até hoje o empreendedorismo tá na nossa veia minha e da Rayane tudo que a gente faz não tem como não passar por isso sabe porque eu sempre falo carreira estratégica. Então não é assim. Ah, eu vou torcer para dar certo. Vou trabalhar muito não você tem que torcer para dar certo rezar trabalhar muito tudo isso funciona, mas também tem estratégia também tem você não parar de estudar só o assunto do seu negócio, né? O assunto do seu trabalho estudar coisas que estão na beirada estudar como a sociedade está vivendo naquele momento ou que vai acontecer daqui a um ano você tá atento, ó, isso vai mudar várias coisas que eu falava isso vai mudar isso vai acontecer o remoto já canta essa pedra há muito antes de pandemia. E mais uma vez as pessoas Riam de mim falavam que eram um absurdo que estava inventando coisa então assim até essa ideia é ter essa cabeça de que o mundo tá girando muito rápido e as coisas vão mudar você tem uma certeza que você tem que ter nessa vida você.

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Ouvindo É vai mudar isso que você vive hoje em dia vai mudar em algum momento aproveitando que a gente está falando de mudança Mabel na tua avaliação assim nas tuas previsões. Qual tu acha que vai ser o impacto dessas ferramentas de inteligência artificial no mundo da da dublagem assim? Tu tem aí um palpite isso te preocupa, eu tenho um palpite. Eu acho que vai chegar vai chegar. Principalmente quando nos projetos menores com clientes menores quando esse tipo de programa ficar mais barato é os clientes que não querem gastar muito, né? Tem muito cliente hoje em dia que não quer saber muito de qualidade quer saber do volume, eu tenho tudo isso aqui pra dublado. Tem todo esse material aqui todos esses filmes que chamam de filme b ou todos esses documentários aqui. Comprei um canal inteiro o canal veio. Comprei aquela aquele canal e veio de brinde um canal de culinária. E aí eu não quero não precisa nem encaixar direito a labial, não precisa ser com gente experiente. Ah tem o programa o programa mais barato. Ah, vamos fazer no programa sabe? Acho que vai chegar sim. E aí aquilo que eu acabei de falar pra você, você tem uma coisa que você tem que ter certeza quem tá ouvindo aqui é de que

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Vai mudar é porque tudo tá mudando é só você olhar para trás. Como era a sua vida? Como é agora como era dublagem, como é agora como as pessoas viviam e falavam se relacionavam. E como tá agora então assim o que que você então sabendo que vai mudar e quer ser uma realidade que veio para ficar que que você vai fazer? Porque aí vai sobrar tempo para o ser humano viver outras coisas, se eu não vou ter mais tantas horas de dublagem em estúdio na fábrica de salsicha que eu brinco que embrulha e manda embrulha e manda embrulha e manda só vai chegar pra gente dublar sei lá séries de peso ou clientes que prezam pela qualidade da emoção humana, por exemplo, vai diminuir trabalho provável e o que que você vai fazer então pra sobreviver é a hora de você pensar em você é hora de rever seus conceitos é a hora de você escolher coisas que te fazem feliz e que tenham a ver com criatividade, porque isso nenhuma Inteligência Artificial vai te tirar que tem a ver com emoção que tem a ver com o que faz sentido para você, isso não tem Inteligência Artificial que tire de você, então isso pode ser na dublagem em qualquer lugar vai mudar pra todo mundo já está mudando professores.

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Inteligência Artificial músicas que são compostas que a inteligência artificial tudo que você possa imaginar você como ser humano, o que que eu tenho uma avaliação tua o que que eu tenho como ser humano que eu vou usar agora para eu trazer recursos para minha vida. E aí não desesperar não desesperar não entrar escassez não entrar no medo meu Deus e vai faltar não vai faltar nada vai só transformar. E é claro que quando a gente está no meio do olho do furacão, a gente não consegue enxergar né? Muito para trás nem muito para frente porque o furacão tá rodando em volta da gente respira. Tenta olhar de cima ver tudo que já era e que hoje em dia não é mais e como todo mundo se adaptou como a sociedade se adaptou como outras profissões surgiram é só isso sai do olho do furacão, olha por cima Analisa Joga Pra Frente sua visão e fala ok? Já que vai mudar isso aqui, o que é que faz sentido para mim e começa a investir Nisso, porque o que faz sentido pra você não vai acabar nunca e mesmo que que exista, né? Essa possibilidade que é é presente, né de mudança de um impacto no setor da Dub.

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Por exemplo, a gente tem aí um bom de streamings, né? Então eu imagino que exista muita oportunidade para quem tá entrando no mercado. Então nem tudo é ruim. Tem muita oportunidade o que eu falo é não vai faltar pode mudar, mas não vai faltar, entendeu? Só vai mudar e talvez vai mudar de formas que eu não faço ideia, só que eu não tenho medo do novo. Eu não tenho medo do que pode vir, eu sei que quando mudar eu sou maleável o suficiente para estar junto na mudança, né? Eu tenho inteligência suficiente É por isso e você que tá ouvindo também. Acredite nisso, você tem inteligência suficiente para fazer mudanças na sua vida ou adaptações a dublagem vai continuar a existir tem um bom de streams que não vai acabar. Só vai aumentar e algumas mudanças vão acontecer de fato esteja pronto pronta para surfar na onda da mudança. Não tenha medo não tem não acha que vai faltar. Não caia nas nas coisas que você ouve ou na mídia ou de alguns profissionais é extremismos muitos medos Pânico não vem nessa pelo contrário.

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Vai não na onda do contrário vai aumentar as possibilidades vai melhorar pensa assim boa muito boa, muito obrigada Mabel. Nossa adorei essa conversa. Queria ficar aqui já há mais tempo conversando contigo foi foi muito bom. Que bom. Que bom. Foi um prazer foi uma delícia. Adorei como que as pessoas podem te encontrar tu quer deixar aí algum arroba ou algum projeto alguma coisa? Fica à vontade Claro bom como eu tô fazendo alguns projetos que eu infelizmente ainda não posso falar eu vou deixar meu Instagram que tá lá que eu uso sempre estou sempre de olho lá que é @mabelezar “Cezar” com z e vou deixar o meu e-mail porque Facebook Eu praticamente não uso mais então eu vou deixar o meu e-mail, porque às vezes as pessoas querem entrar em contato comigo para falar de projeto pra fazer convites ou para trocar alguma coisa e o e-mail funciona como sempre funcionou, né? Tem uma coisa aí que tá aí. Desde do início dos tempos e até agora funciona é o bendito email então é Mabel Cezar, Cezar com z, @gmail ponto com.

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Como no momento é isso que eu posso falar daqui a pouquinho vai ter site daqui a pouquinho vai ter outras coisas, mas como tá nada pronto, vamos no básico que é mais fácil é o famoso, vem coisa boa por aí, né, Mabel? Fica exatamente, eu também estou na curiosidade gente assim como você que está ouvindo. Então vamos ver o que que vai sair e aí foi um prazer Mabel, muito obrigada foi excelente conversar contigo pela agradeço a tua generosidade. Nossa ficou muito contente mesmo. Obrigada nada foi um prazer conte comigo. Obrigada então até a próxima Mabel. Tchau até a próxima. Um beijo. Beijo gente. E aí gostou dessa conversa? Se você quiser trocar uma ideia sobre áudio e comunicação e acompanhar a era do áudio nas redes sociais, é só seguir arroba a era do áudio lá no Instagram e eu estou em todas as redes sociais como @ananda Garcia o nosso e-mail é a era do áudio @gmail.

[57:02]
Até o próximo episódio, tchau.

 

 

 

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