Neste episódio, Ananda recebe Fernando Spuri, Manager do programa Sound Up, do Spotify. Ele conta como é gerenciar o programa destinado a ampliar as vozes de podcasters em comunidades sub-representadas no Brasil, Argentina, México e comunidades latinas dos Estados Unidos. Fernando também compartilhou algumas curiosidades sobre o perfil dos podcasts nos mercados em que atua.

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Ficha técnica:

Produção, roteiro e apresentação: Ananda Garcia
Edição de áudio e design gráfico: Jennifer Mendonça

TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO BY GOOGLE PINPOINT 

IMPORTANTE: A transcrição é realizada de forma automática, portanto, pode haver erros de natureza ortográfica e sintática. Desta forma, a transcrição não marca a fala de cada participante separadamente. O podcast A Era do Áudio não se responsabiliza por eventuais erros de transcrição executados pelo programa de inteligência artificial. 

[00:00]
A Era do Áudio.

[00:11]
Trazer mais gente para escutar podcast então assim no Brasil é muito óbvio o recorte você vai analisar os top 250 podcast, você tem menos de 5% de Criadores que se autodeclaram negros e aí você vai ver os dados demográficos do Brasil tem 56% da população que se declara negra que eu vejo são os grandes nos dois grandes países em relação a quantidade de Criadores quantidade de ouvintes que é o Brasil e o México você tem algumas similaridades?

[00:47]
Hoje eu sigo com essa voz, porque afinal o show não pode parar. Então eu vou tentar falar pouco e deixar o meu convidado brilhar assim sem sem pressão e ele tem uma década de experiência com produção de conteúdo estratégia criativa marketing e publicidade tudo isso conectado com a área que ele domina muito bem que é adial de podcast a entrevista desse Episódio é com o Fernando Spuri que hoje ocupa o cargo de menager do programa soundup do Spotify. Fernando bem-vindo e obrigada por estar aqui falando comigo hoje. Obrigado. Você é um prazerzão tá aqui tem acompanhado o seu programa seu projeto. Acho super legal super importante abrir essa caixa preta da produção de Podcast, né? Muito obrigado. Eu que agradeço vamos começar te situando aí no tempo e no

[01:47]
Porque eu gostaria de saber onde é que tu tá hoje eu te acompanho nas redes, mas eu nunca sei se tu tá no Brasil nos Estados Unidos então como é que é o teu trabalho assim logisticamente hoje em dia tá hoje? Eu moro aqui em Nova York. Já fazem três anos praticamente mudei para cá no meio da pandemia foi bem caos mas hoje como eu cuido do projeto sound up Regional eu fico viajando entre Estados Unidos Brasil, Argentina e México. Essa é meu eixo de trabalho, mas hoje eu tô aqui em Nova York. E bom já vamos falar mais também sobre o projeto soundup ao longo da conversa, mas eu vi que antes de entrar no mundo dos podcasts trabalhou no segmento musical também na área de jogos, mas tudo relacionado com o áudio mesmo que pelo viés do marketing da Estratégia publicidade, né? Que é a tua área de Formação, então eu gostaria de saber como é que foi que o podcast surgiu na tua vida pessoal e também na tua vida profissional, já que foi um dos primeiros funcionários, né, senão o primeiro.

[02:47]
A divisão de podcasts de Spotify me conta como é que foi essa transição se é que eu posso chamar Claro não é uma história bem longa que eu gosto muito porque ela vai passando por várias coisas né, mas eu sou publicitário de Formação em São Paulo fiz SPM, São Paulo, comecei a trabalhar com estratégia criativa em algumas agências, fiquem isso por alguns anos. E aí eu fui contratado para um produto chamado sonora do Terra. Quem é velho vai lembrar que foi um dos Pioneiros dessas plataformas de streaming, né? Que tinham música já tinha podcast tinha alguma coisa de áudio do livro também e eu era brother Manager lá em responsável por algumas parcerias relação com o Label os artistas e tal e foi muito legal foi muito divertido, mas o projeto não deu certo foi um daqueles Pioneiros que chegaram antes do tempo voltei pra trabalhar com a agências, depois fui trabalhar numa empresa chamada Click Jogos que fez parte da infância de muita gente que era uma empresa de joguinhos é no Browser que depois virou.

[03:47]
Foi comprada. E aí começou a ter algumas outras verticais de conteúdo também como música tecnologia culinária, então site tipo Tudo Gostoso aqueles medalhões na internet brasileira fazem parte desse grupo. E aí eu encontrei uma oportunidade no Spotify para trabalhar dentro do time de marketing de consumer marketing. E aí eu apliquei e entrei nessa posição eu era mais responsável por fazer a interlocução entre o Spotify e as grandes marcas culturalmente relevantes no país, então eu falava muito Como por exemplo o festivais de música canais de TV grupos de mídia então Globo Record Rock in Rio Lapa Lusa coala todos os festivais alguns times de futebol, porque assim, né? Porque porque não parcerias é uma palavra tão gigante que serve para muitas coisas e fiquei nisso dois anos e aí o Spotify é desde 2014, né? Que já tinha algumas iniciativas para podcast para conteúdo que ela não musical já estava.

[04:47]
Orando eh o universo ecossistema de podcasts nos Estados Unidos, já tinha algumas coisas acontecendo, mas foi em 2018, o Spotify resolveu criar um time para cuidar de podcasts na América Latina. E aí o Javier pinhol que era o Red de estúdios latam que hoje é o Red de global marketings dentro do Spotify me contratou me puxou do time de Marketing e falou preciso de um Partner Manager uma pessoa aqui tenda muito de Podcast, mas entenda muito do Spotify e que ajude a gente a começar a criar as relações com o criadores publichers netword plataformas e tudo mais e aí ele me contratou. E aí profissionalmente eu comecei a trabalhar com podcast minha principal função era criar essa interlocução entre Spotify e todo ecossistema então era eu sozinho falando com Desde nerdcasts da vida mamilos os podcast gigantes na época até com podcasts médios e pequenos que estavam começando novos criadores e tal e enfim foi muito interessante.

[05:47]
Ver o Spotify chegando no ecossistema, né? Porque podcast já existia há muito tempo como todos nós sabemos mas era uma um ecossistema que era muito mais baseado na ruptura de fandom e de nichos e de pessoas que se reuniam em torno de temas que eles gostavam pra produzir coisas e o Spotify chegou chegou com dinheiro. Chegou com energia para levar esse Universo para um outro patamar, né? Foi muito legal ver como a gente resolveu fazer isso. Então a gente lançou podcasts icônicos, como café da manhã em parceria com a folha uns outros ficcionais também super interessantes fizemos toneladas de testes de formato podcasts de um minuto podcasts que que tinham meia hora podcasts diários semanais quinzenais mensais. Enfim, foi uma um Deus usa tudo de produção. Mas foi muito legal muito legal poder participar assim da Gênese de uma Indústria quando ela tá indo pra um outro patamar que não é só de articulação de comunidades, né e Vale pontuar também que foi em São Paulo, né? O primeiro Spotify podcast Sammy eu

[06:47]
É isso aí eu fui e eu não eu não sei se tu pode falar sobre isso, né? Mas porque São Paulo foi escolhido pra sediar esse evento tão importante super lembro com muito carinho do Spotify. Ford kaster summert nessa época, eu já tinha uma colega então não precisava fazer tudo sozinho que era a Camila justo que hoje é a rede de operações pra América Latina. Então ela é responsável por produzir mesmo todos os podcasts originais do Spotify estrategicamente esse evento era para ser uma marcação de território mesmo do Spotify e da marca para conseguir juntar num lugar só fãs criadores de todos os tamanhos marcas de hardware marcas de software fazer realmente uma celebração dessa mente, né? Que a gente sentia um pouco falta disso e Foram dois dias de evento foram mais de duas mil pessoas mais de 60 conversas e painéis dos mais variados temas aliás tem tudo disponível em áudio no Spotify e a gente capturou tudo e tem tudo lado. Depois a gente pode mandar o link pra galera, mas foi isso foi uma demarcação de ter.

[07:47]
Áudio importante querendo ou não na época São Paulo era o epicentro da produção de podcasts. Apesar de ser uma produção que é diluída, né? Ela é dispersa em vários estados e cidades, mas tem um ramo de produção lá em São Paulo, então a gente resolveu fazer na Cinemateca brasileira também pensando transmídia na beleza do edifício que é maravilhoso, mas também como a gente ia conseguir fazer um evento que ia ter estúdio 1 milhão de salas acontecendo 1 milhão de pessoas falando gente fazendo networking a gente aprende na mexer e lá foi esse esse epicentro cultural assim pra gente foi muito muito legal. Quando isso tudo começou pessoalmente, tu já previa que as coisas iriam estar como estão hoje ou muita coisa te surpreendeu algo que está acontecendo é muito diferente do que tu já do que tu já previa. Quando começou a trabalhar com podcast. Olha sim muito eu acho que foi uma progressão geométrica assim o crescimento e como as coisas se profissionalizaram e começou viram a indústria, né pessoal.

[08:47]
Eu escuto podcast faz muito tempo então sempre fui super fãzioca de Nerdcast. Escuta tu faz muito muito tempo. Até escutei o seu Episódio com o Léo Lopes que é um dos caras fundamentais, né da potrasfera e enfim sempre me conectei com podcast muito nessa base da comunidade do fandom de ser fã de alguma coisa ou se tem algum interesse por um nicho que a galera produzindo conteúdo em torno disso e assim mudou tudo praticamente, né? A gente começou a ver Networks sendo criadas estúdios próprios pra podcast surgindo pessoas super se profissionalizando seja como um sal de Design facchet em edição de som host em condução. Então é isso a gente conseguiu ver a transformação de um ambiente que era muito legal muito criativo muito livre sem grandes portões ou canais pra virar um lugar super super profissional industrializado que gera previnil para quem está.

[09:47]
E acaba virando o mercado profissional, né? Então assim a qualidade subiu, mas aí também a contrapartida é que às exigências de Quem produz ficaram maiores também, né? Mas isso acho que é uma mudança fundamental, inclusive falando sobre essa questão de carreira e de profissões grosso modo a gente vê muito papel do produtor do podcastle muitas vezes do podcastle. Independente e da produtora mas existem várias profissões ali no em between, né pessoas como tu que tem um background em marketing publicidade pessoas da área de Business, porque a gente não pode esquecer que isso está sendo criado por um consumidor que tem uma jornada, eu gostaria que tu falasse mais sobre isso e sobre se a competências que Ainda faltam ou há profissões que Ainda faltam nesse ecossistema é muito louco, né? Porque até quando quando a gente fala sobre produtor isso significa tanta coisa, né? Você sabe o seu podcast também e enfim conversando com o pessoal da Velha Guarda, mas também o pessoal que tá começando a produzir agora.

[10:47]
Eu acho que tem um foco muito grande na nas funções mais técnicas mesmo, né? Então assim tem muita gente aprendendo a editar tem muita gente aprendendo a fazer saúde design, mas a parte de Business de velament e vendas, eu acho que é onde o pessoal ainda tem uma demanda alta, ninguém quer muito fazer é Acho que ninguém entende que também tem técnica tem capacitação tem jeitos de aprender a fazer isso e o quanto isso é parte fundamental também, né do do negócio de Podcast. Apesar de a gente sempre entender que eles estão várias maneiras do podcast ele conseguir viver do seu conteúdo e eu acho que enfim são muito muito muito interessante e muito eficientes como criar paytrion tem grupos de fãs de apoiadores ou fazer spin-of e tal a parte de anúncio mesmo é uma que pode trazer um retorno um pouco mais seguro e mais constante por mais tempo caso você tenha uma estrutura, né montada para isso de ir atrás de anunciante saber para que vender saber.

[11:47]
Cobrar que é uma pergunta assim dificílima de responder mas que tem resposta e a dica que eu dou para quem está entendendo e quem quer saber o quanto cobrar pergunta pra outro podcast que já fez porque assim a gente já podcast a gente gosta de falar. A gente é fofoqueiro e a gente conta e assim no fim das contas é fortalecer comunidade, sabe quanto mais informação circula melhor, essa é uma pergunta fundamental que eu escuto praticamente todo dia que é quanto eu cobro eu tô aqui com meu podcast tem x números de Plays, quando você acha que eu cobro. Aqui tem uma marca me procurando e isso é é fundamental a gente estabelecer critérios no mercado, né pra entender o valor mesmo que as coisas têm. Então acho que essa é a parte que a gente ainda pode desenvolver um pouquinho melhor que ainda falta pra finalização e profissionais pra ajudar a gente nisso voltando ali quando começou a estabelecer parcerias por Spotify, principalmente com os podcasts do Brasil. Tu encontrou um cenário de Podcast Unidos panelinhas ou era Cada Um Na Sua bolha ou tinha muita competição. Qual foi o teu filho?

[12:47]
Assim quando tu começou a penetrar este este mundo aí dos dos podcasts brasileiros vai puxar a capivara, mas o acho que era por seu uma rede que precisava de muito apoio e parceria, né? Enfim, acho que até hoje uma das grandes ferramentas para você divulgar o seu podcast é você em outro podcast, porque é mais fácil você fazer uma pessoa que escuta outro podcast é disputado quer fazer uma pessoa que nunca escutou podcast te escutar era de alguma maneira unido unido pela paixão, a mídia eu acho que tinha essa parada. Mas tinham muitas panelinhas tinham pessoas que se defendiam de um lado pessoas e grupos, né? E até empresas que queriam marcar território também como sendo dona de um tipo de conteúdo ou de um tipo de audiência e a gente viu muito disso acontecer eu conversei com bastante gente. Enfim. Acho que passou porque acho que quando a gente também fala sobre produção de Podcast, eu acho que é a metáfora mais válida mais próxima que não é perfeita mas

[13:46]
Mas próxima é falar sobre TV porque você fala assim. Ah, eu quero produzir um podcast tá? Mas você quer fazer um podcast jornalístico narrativo documental um mesaquest é a mesma coisa que você tentar analisar a grade da de um canal de TV, né? Então tem novela tem jornal. Tem Esportes tem variedades então podcast não é uma coisa só então eu acho que é natural também grupo se formarem, mas eu acho que tem que entender que ainda Eu ainda acho que o podcast tem muito a crescer muitos novos ouvintes pra conquistar. Então acho que o esforço conjunto é mais eficiente pra gente do que tentar se se dividir para conseguir dominar alguns setor alguma categoria, eu sinto às vezes que de repente agora é que a indústria pelo menos no Brasil está passando por aquela curva de perceber que o podcast não é um formato. Ele é uma mídia que pode ter vários formatos, né? Estamos parece que estamos chegando aí nesse nesse ponto assim no sexto, concorda concordo.

[14:46]
Torcendo para que isso aconteça logo porque eu acho que vai ser muito mais fácil o trabalho de todo mundo, mas principalmente aquilo que eu tinha comentado sobre como vender o seu podcast também vai ficar mais fácil. É mais fácil você vender uma coisa que quem tá comprando entende? O que é e eu acho que a gente passou por um período também que eu sinto que estamos saindo dele que era quando a gente falava sobre anunciantes e podcast os anunciantes queriam ter o próprio podcast quando na verdade pra gente ficou provado que era mais interessante você anunciar em podcastles do que fazer seu próprio podcast, né? Quem quer quem quer escutar um podcast que tá falando sobre sei lá algumas algum produto específico uma temporada de três episódios, sendo que você pode fazer uma parceria com algum podcast para anunciar o seu produto especificamente para uma audiência já construída. Você não vai precisar colocar dinheiro para trazer uma nova audiência para escutar o seu podcast de marca. Fora que é muito menos pessoal, né? Você criar um podcast de uma marca do que se anunciar como uma pessoa que já tem.

[15:46]
Rede de colaboradores amigos e ouvintes, né? Então isso também acho que isso tá passando ainda bem. Não sei se essa é uma área que tu lida diretamente, mas a resposta das marcas Tem se tornado mais positivas havia um receio no começo e hoje já existe o interesse maior. Fala um pouquinho mais sobre isso super eu tô mais distante dessa área, né? Agora eu tô trabalhando mais esse projeto de capacitação do soundup. Mas o que eu escuto assim de corredor de conversa com amigos e colegas é que sim. Acho que tá as pessoas entenderam as grandes marcas entenderam? O que é o universo e entenderam que é anunciar em podcast. Então eu acho que a gente pode ver um crescimento aí de anunciantes pros próximos anos que vai ajudar muito no mercado e agora falando um pouco sobre a América Latina comunidades latinas que é a área que tu tá mais inserido, né devido ao saud up. Qual é o cenário na América Latina? Me fala um pouco sobre as semelhanças e diferenças dos podcast não apenas dos podcasts, mas de quem faz os podcasts nesse mercado, né? Você tem aí.

[17:46]
Muito conteúdo de comédia muito mesaquest, você vê criadores muito criativos testando novos formatos, mas ainda entendendo onde eles vão colocar as fichas para criar grandes coisas, mas eu vejo no México e no Brasil mais esse universo sobre Life Style influencer mesacast. Os dois têm um um histórico jornalístico também bem bem razoável em relação ao podcast, né? Então sempre em parceria com produtores de de Notícia ou jornais que já são mais mais reconhecidos mais estabelecidos, mas acho que o humor notícias lifestyle chatcast é Brasil e México assim é uma coisa que a gente tem em comum os dois países também tem uma cultura interessante de True print, mas eu acho que tem uma uma diferença fundamental entre entre o crime dos dois lugares. Acho que o Brasil tem o projeto fundamental que é o Projeto humanos, né? Que eu acho que é o que abriu a audiência brasileira para esse tipo de Podcast. Eu acho que isso tem uma consequência nesse DNA que é mais investigativo. Ele é sério.

[18:46]
O cérebro no sentido de que ele não tá tentando fazer um entretenimento em cima do true Prime tá tentando fazer uma investigação jornalística enquanto a coisa tá acontecendo. E aí eu acho que isso tem uma uma coisa bem brasileira, mas agora você vê também surgindo alguns podcasts de surprix que são mais de entretenimento, né? Então os Fantasmas usam vertem café com crime é dessas esses outros programas surgindo então isso mais acho que inspirado na produção americana de surprime, eu ia dizer true crime entretenimento tem muito nos Estados Unidos, né? Meu Deus aqui é assim é o grande, né? Nem nicho, né? É o grande formato que a galera mais pira que tem mais audiência e aí no México e tem uma coisa um pouco diferente que tem um true crime que ele quase uma dramatização do true crime então, por exemplo, a gente lançou um original lá que foi que é muito legal que chama Fausto um true crime, mas ele é dramatizado, então assim é um ator que faz a leitura dramática e conta e aí tem atores fazendo os personagens de histórias reais e eu acho que

[19:46]
Coisa que é uma mistura que não é ficcional. Mas é uma dramatização do true crime que lá tem uma um universo interessante no México interessante. Eu eu escutei algo nesse sentido não sei se chama doctio Fiction ou algo assim que é o string next Doors e eu achei muito legal porque tinha depoimentos mas também tinha a interpretação a dramatização da história. Era uma mistura de gêneros. Eu achei aquilo Fantástico, eu sinto falta de mais desse formato no Brasil. Gostaria de ver mais assim Total. Eu também eu acho que é um formato é um formato muito interessante que ele te dá muita liberdade criativa formato que exige muito respeito, né? Porque enfim são assuntos dele ainda mais falando de True crime, mas sim e aí no México. Eu acho que isso já está acontecendo há um pouco mais de tempo que no Brasil que já tem uma cultura mais estabelecida disso. E aí eu acho que dois dois outros países tem uma cultura interessante de Podcast, eu acho é Argentina e o Chile a Argentina muita comédia comédias de altíssimas, qualidades infecção de com

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Então tem um projeto muito legal que chama somos núbios que é um projeto de é quase uma comédia romântica meio de um namoro que não deu certo enfim a comédia na Argentina gigante e na Argentina tem um projeto nosso que chama lacruda que é um projeto de entrevistas com um um host que é muito carismático que explodiu na América Latina inteira e aí eu acho que isso é simplesmente baseado no Carisma. Ele que é uma realmente uma pessoa especial, mas também no jeito que ele conduz as entrevistas, né? O Mig. Eu acho que isso demonstra um pouco pra gente que a gente está sempre tentando descobrir o novo backbuster tentando fazer o grande novo acontecimento, mas o quanto é muito uma combinação de fatores que é difícil replicar em laboratório, né É difícil encontrar a forma então uma coisa que eu até falo nas aulas do Saldão. Enfim sempre em todos os lugares que eu vou é se alguém te contar que descobriu um jeito infalível de produzir podcast do vídeo porque assim a gente que está produzindo há muito tempo muita coisa não acha que existe.

[21:46]
Porque o cenário muda tanto e tão rápido as pessoas mudam tanto e tão rápido que é Vai tentando e se você tá criando um podcast que é muito próximo do seu coração é de um assunto que você gosta que você quer desenvolver o nome do jogo é consistência seja consistente tem um lançamento constante que a sua audiência vai crescendo vai crescendo vai crescendo até você virar uma referência sobre aquele assunto. E aí você vai conseguir crescer enfim, você vai ficar fortão, mas a gente tem esses dois contrapontos. O Chile é um cenário de produção que tá muito próximo dos Estados Unidos tem muitos produtores no Chile que fazem Produções pros Estados Unidos e aí eu acho que tem dois podcasts que tem equipes com maioria ou grande parte lendas que é o las raras e o hajum ambulante que na verdade da NPA dos Estados Unidos, mas que tem grande parte da sua produção no Chile. E aí são grandes reportagens jornalísticas são coisas muito parecidas com a Rádio Pública americana dos Americanos. Ai que essas coisas então é engraçado ver que tem as diferenças, né entre os países.

[22:46]
Existem mercados que acabam não se desenvolvendo porque dependem muito da produção de outros mercados visto que é o mesmo idioma. Mesmo que não seja necessariamente a mesma forma de expressão cultural existe isso também, eu acho que tem o espanhol é uma um casal à parte também, né? Mas o que a gente percebe é que o podcast é uma mídia que ela é tão íntima e tão local é difícil você conseguir criar um produto pano Regional sabe que vai funcionar em toda América Latina, eu acho que tem caso sim, eu acho que um caso de sucesso foi o paciente 63 caso 63 que a gente lançou que é chileno aliás é Originalmente chileno e a gente lançou um espanhol e fez sucesso na América Latina inteira e aí foi adaptado agora para Inglês foi adaptado para português e tal, mas por exemplo nunca consegui ver produções espanholas, por exemplo que são de altíssima qualidade despontando na América Latina. Ai, eu ia te perguntar sobre isso justamente porque bom eu tô aqui em Portugal, né? E eu vivo esse mundo que os conteúdos do

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Chegam aqui, mas os conteúdos de Portugal não chegam no Brasil, mas então não existe tanto intercâmbio Espanha latam na na tua opinião assim, eu acho que existe um intercâmbio técnico, eu acho que tem bastante gente espanhola o que tá na Espanha o que tem a é conhecimento da língua que ajuda nas Produções, mas eu acho que quando o conteúdo é concebido desenvolvido e lançado para o público espanhol é difícil. Acho que não tem tradução, mas eu acho que é principalmente ela é sobre intimidade um pouco, né? Ela é sobre proximidade. Então eu acho que você escutar uns uns sotaque muito diferente o assuntos que são difíceis de você se relacionar mesmo sendo na mesma língua. Acho que tem uma uma barreira. Aí a gente pode fazer também um paralelo com o YouTube. Por exemplo, né? Tem muita gente produzindo. Então não é que você tem uma concentração de produção comendo cinema por exemplo pra tv que os países com mais dinheiro ou maior infraestrutura de indústria exportam muita coisa nesse caso é de baixo para cima esse espaço.

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Sendo ocupado por pelos criadores locais e Fernando vamos falar sobre o salda UP que é um projeto que nasceu nos Estados Unidos, né? Mas chegou em outros países inclusive no Brasil em 2020. Me conta mais sobre o que é o sundap. Vamos aí de secar esse programa Animal. Não assim são dum é o projeto que desde que eu vi que ele existia no Spotify, fiquei completamente apaixonado e eu não sosseguei até conseguir trabalhar nele que é o que eu tô fazendo agora, né? Podia fazer dois anos três anos. Enfim o são duplo ele é um projeto que ele é pra amplificar vozes de comunidades historicamente sobre representadas através do podcast, ele surgiu em 2018, como você falou nos Estados Unidos. Quem criou esse projeto foi uma das primeiras produtoras de Podcast que o Spotify contratou aqui nos Estados Unidos que hoje é a líder do projeto. Minha chefe que a neta ali tua que é uma pessoa fantástica uma mulher negra jamaicana que vive aqui já faz mais de 20 anos, mas ela criou.

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Dump por uma uma questão de de observação mesmo toda reunião de produção que ela entrava a reunião de discussão de de contrato, qualquer coisa que ela entrava ela muito provavelmente era a única pessoa negra e na maioria das vezes era a única mulher e ela fala já que o Spotify está investindo tanto no formato de Podcast de um jeito tão pungente tão Agudo, esse é o momento para a gente também conseguir tentar corrigir um pouco o curso dessa indústria para conseguir falar com essas pessoas que nunca tiveram oportunidade de falar o ditado holofote das grandes mídias, né? Então ela criou o sondando surgiu como um workshop de uma semana na verdade um workshop de um dia surgiu o samba. Então ela abriu inscrições. E assim a promessa era você quer aprender os básicos da produção de Podcast venha conversar com a gente. Vamos ficar um dia aqui no escritório do Spotify e era aberto só para mulheres negras pra tentar desenvolver essa comunidade nos Estados Unidos. E aí aconteceu uma vez duas vezes três vezes e começou a fazer bastante sucesso e a gente suportou o formato para

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Depois exportou o formato para Suécia depois de o formato para Inglaterra e eu tive oportunidade de ir pra Inglaterra em Manchester para ver o projeto acontecendo porque eu tava muito interessado. Eu ficava muito agoniado também vendo esse projeto acontecendo em países que as comunidades já têm um tipo de Segurança Social que é diferente de qualquer país da América Latina ou de qualquer outro país que não seja nada dessa categoria. E eu ficava muito agoniada falava gente, mas a gente precisa trazer o soundup pelo menos para o Brasil pelo menos para América Latina. Vai ter grande Impacto vai fazer grande diferença, vamos fazer fui lá, viu? O projeto que é apaixonado e aí eu falei net, vamos levar pro Brasil, por favor que vai dar vai ser legal, você vai ver os projetos são incríveis. E aí a gente começou a desenvolver o projeto pro Brasil 2019 e 2020, a gente lançou a primeira edição que é a primeira edição Brasil primeira edição América Latina primeira edição, tudo foi uma edição bem excepcional porque foi pandemia. Então ela foi 100% virtual, mas

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O projeto se resume em uma capacitação que agora é de seis meses. Então ela é dividida em quatro fases é um projeto muito robôs de capacitação e a gente abre o chamado público para todas as pessoas que fazem parte da comunidade que a gente tá trabalhando que a gente quer trabalhar e aí um dado importante a comunidade é diferente para cada um dos países a gente faz uma uma análise pra conseguir entender. Quais são as comunidades que são as mais sub representadas em cada um dos países a gente faz essa análise analisando os tópicos 250 300 podcasts e depois só cruzando com o dado demográfico, então assim no Brasil é muito Óbvio. O recorte você vai analisar os top 250 podcast, você tem menos de 5% de Criadores que se autodeclaram negros e aí você vai ver os dados demográficos do Brasil tem 56% da população que se declara Negra tem um corte aí absurdo, então o Salmo up no Brasil é pra pessoas negras, mas aí a gente também colocou um critério.

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Dário porque a gente tá muito focado em desenvolver jovens e projetos que venham da nova geração de de produtores, então a gente também delimitou a idade para 18:24 então no Brasil são duple pra jovens negros de 18 a 24 anos e aí no México por exemplo é para mulheres na Argentina são para jovens de em situação de vulnerabilidade Econômica. E aí tem no Japão tem na Itália tem na em monte de outros países, que aí a gente vai analisando na comunidade para cada um deles. E aí como que funciona o são-up a gente abre um chamado público pra todas as pessoas que estão dentro desse recorte que tem uma grande ideia para produzir um podcast a gente não existe conhecimento prévio, a gente não exige nenhum tipo de experiência prévia com produção só uma grande ideia e muita vontade de aprender porque o curso é realmente ele vai doou e ao chao, ele vai de tá aqui um microfone. Aprenda a ligar até como você faz um sound design, que seja interessante que engaja audiência bastante coisa aí a gente recebe.

[29:46]
Todos os projetos é um formulário em texto mesmo a gente pede pra pessoa descrever ideia o porquê que ela é a pessoa ideal para produzir aquele projeto quem é a audiência que ela tá buscando para ter um projetinho mesmo não ser só uma coisa largada a gente Analisa todos os projetos são muitos projetos e aí a gente seleciona 10 e aí desses 10 vão ter esse projeto de capacitação que vai durar 6 meses. Esse projeto é aquilo que eu te falei, ele vai do básico, qual o mais avançado ele recebem toda a infraestrutura necessária para conseguir produzir então ele recebem um gravador Zoom h5 notebook smartphone um microfone que é XLR USB o Shure mv7 audition, tudo tudo tudo pra realmente eles conseguirem começar a produzir caso eles queiram produzir no dia seguinte e aí ao longo desses seis meses eles vão passando pela capacitação em cada uma das verticais necessárias pra pessoa conseguir começar a produzir a gente tem a primeira fase que é uma semana de imersão no escritório do Spotify. E aí é bem pauleira assim a gente traz todo.

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Escritório e começa a do beabá do tipo tirando o zoom da caixa é aquele monstrinho que eu amo, mas que assusta muita gente então como usar como ligar como plugar a salvar áudio cortar áudio como preparar sua sala para fazer a gravação como preparar convidada la la la um monte de coisa uma semana e aí depois a gente passa mais um mês tendo aulas virtuais duas vezes por semana falando sobre coisas intermediárias e avançadas de produção com um monte de convidado legal um monte de gente dentro do Spotify. E aí a gente prepara eles e aí depois eles têm mais quatro meses para produzir um episódio piloto de 15 a 45 minutos onde eles vão ter ajuda de times de produção para conseguir ajudar e mentoriar eles nesse processo. Então a gente tem sempre para cada um desses projetos um produto executivo uma pessoa que tem bastante experiência na indústria um produtor sénior pra ser a pessoa que vai trocar o dia a dia com eles ali um editor de roteiro e um editor de som e essas pessoas vão ajudar eles a produzirem os pilotos aí eles produzem todos os pilotos massa e

[31:45]
Enviam para a gente de novo, a gente seleciona até cinco ganhadores que vão ganhar ganhar um prêmio de 4.500 cada um. E pelo menos um deles tem a oportunidade de virar um podcast original um projeto que vai ser assinado e produzido todo bancada pelo Spotify para ganhar o selinho e todo prestígio. E aí eu gosto de falar para o meu time de desenvolvimento criativo que o meu trabalho é fazer com que eles recebam 10 projetos tão incríveis que eles vão ficar com muita dor no coração de escolher um só e vão ter que pegar pelo menos uns quatro cinco pra lançar como podcasts originais, deu certo de 2020. A gente conseguiu produzir quatro e vai lançar um quinto torcendo aqui para dar certo para as outras edições também e justamente ao longo desses anos no sauda up. Como que tu nivela ou como tu avalia a qualidade técnica a preparação dos podcasts que chegam. Eles estão chegando um pouco mais prontos Entre aspas ou mais crus, como é que está sendo assim o recebimento dessas pessoas. Esse é o é o maior.

[32:45]
Fio do sundap é conseguir criar uma experiência de aprendizado que seja nivelada para os diferentes níveis de conhecimento da galera que chega assim é muito muito louco assim empiricamente a gente pode dizer que as ideias mais originais mais frescas mais estranhas mais que você vê um potencial de produção são das pessoas com menos experiência e menos repertório porque elas são mais frescas. Tem uma um frescura, ele não tem caguete de ouvinte. Não tem aquela é quanto mais você conhece os vícios perfeito, então tem esse contraponto. E aí a gente sempre tenta selecionar 10 projetos que tenha uma diversidade muito grande regional pessoas de todo o Brasil e que tenham diversidade muito grande de ideias também de formatos que a gente quer usar o sound up também como um laboratório para entender novos formatos ajudados envolvendo os novos formatos. Mas eu vejo que de 2020 que foi a primeira edição para 2022, que agora é a segunda que a gente tá no meio teve uma diferença assim de principalmente de conhecimento do que é um podcast ou de

[33:45]
Como se ganhar dinheiro com podcast ou qual é o básico da produção de podcast então a turma que entrou em 2020 mesmo as pessoas que não têm experiência elas já tem pelo menos algumas dicas alguns cheirinhos de como a coisa funciona não precisou ser tão básico, mas aí quando a gente entra na parte técnica mesmo tem muita coisa muito básica que a gente tem que cobrir para eles conseguirem desenvolver o projeto deles.

[34:08]
Eu tô interrompendo a entrevista tá bem rapidinho para te fazer um pedido. Muito importante se você tá gostando da era do áudio. Vá ao seu tocador de podcast favorito e siga ou assine esse podcast essas coisas como deixar seu follow deixar seu review são muito importantes assim os aplicativos de podcast mostram esse programa para mais pessoas por exemplo, se você tá ouvindo pelo Spotify, além de seguir também, pode deixar umas estrelinhas lá pra gente obrigada por ajudar esse podcast a crescer e compartilha comigo alguns projetos que te marcaram aí ao longo do caminho dos podcast com os quais tu trabalhou no Sound Up. Acho que é difícil não falar dos quatro projetos que a gente lançou no som do Brasil, porque são todos muito especiais são muito maravilhosos. Então a gente tem o calunguinha que é uma ficção. Sei que você chegou a escutar, eu escutei alguns Episódios é um primor é muito amor é muito legal, porque a gente consegue ver ali o cuidado que eles.

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A produção o quão projeto é surpreendente e é bonito. Porque você vai ver o quem são os convidados, né? Os atores convidados então assim é Lázaro Ramos Margarete Menezes, só a gente assim pequeno calibre que topou fazer o projeto junto com eles porque é um projeto muito especial e essa ficção eh infanto-juvenil é mais é mais infantil mesmo sobre um menininho que ele tá com problema de dormir um dia e aí a mãe dele faz um chá Resumindo de maneira bem resumida. E aí ele começa a ter o poder de viajar antes de dormir para vários lugares do Brasil e do mundo para entender e conhecer quem são as grandes personalidades negras que fizeram a história do mundo, né? Então é um exercício de ancestralidade de buscar de volta a memória e ressignificação e é muito lindo tem música original as músicas são absurdo atuação é linda é um projeto que é um Primor, né? Chegou a bater entrar no ranking de podcasts mais escutados do Brasil também aqui pra gente é um grande acertou alguém é muito.

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Muito especial. Ah. E, aí eu só queria mandar um beijão também para o Lucas e para Estela que são os cocriadores do calunguinha são forças da natureza assim pessoas fantástica. Depois a gente tem o Pavulagem o Pavulagem. Ele é tão especial, porque ele vai atrás de lendas da floresta amazônica principalmente do das populações ribeirinhas da floresta amazônica, mas ele vai como fonte primária as Histórias. Que o Pavulagem traz pra gente são histórias que se você procurar no Google, você não vai achar são histórias que tão ali regionalizadas e nunca foram contadas ou capturadas por ninguém. E aí o Mike são serrão que é o criador também é uma pessoa fantástica com uma qualidade de texto de locução impressionantes, vai nesses lugares e grava essas pessoas e cria narrativa em cima. Então assim é um exercício também de renda descoberta de um lugar que é do nosso próprio país a nossa própria população que estava escondido que ele consegue jogar uma luz e é também é muito muito especial. Depois a gente tem o Raízes que é o projeto do Caio dos Santos que Aliás foi participante.

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2020 e hoje é um dos facilitadores para 2022. Ele abriu a produtora dele ele agora é full time podcaster com todos os penduricalhos que a que a palavra que o termo carrega e o raízes é um projeto que na verdade é uma investigação sobre a própria família dele é fantástico é fantástico, porque é muito pessoal, só que é de um Primor investigativo também e acho que ele parte muito de um lugar sobre a aquela coisa de as árvores genealógicas das famílias negras brasileiras, ela foi apagada, né? Então ele faz essa investigação que ela é baseada, principalmente na oralidade do que ele escuta das pessoas que vieram antes dele na família, mas também tem uma coisa meio de como que eu entendo isso de uma maneira mitológica histórica documentada. E aí ele faz essa coxa de retalhos para entender quem é a família a vontade do Raízes é fazer árvore genealógicas para cada família em cada temporada jogar uma luz também nisso e trazer essa discussão à tona.

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É muito especial e aí a gente tem também um projeto lindo lindo que chama Preto Positivo do Raul e do emmer que é um projeto que fala sobre eh a experiência das pessoas que são HIV positivas e São pretas vivendo no Brasil e eles querem falar sobre a doença. Eles são eh soropositivos e Eles simplesmente olhavam para o que estava disponível de informação sobre isso e eram sempre ou pessoas que não tinham doença ou pessoas brancas. Então assim eles queriam muito ter um lugar de fala porque é uma coisa que aflige muito a população negra e eles queriam falar sobre isso e trazer especialista e abrir essa conversa sobre esse tema que é um tabu absurdo também é super pessoal, mas é engraçado é emocionante é divertido é um negócio que também é é muito especial, ele se chama Preto Positivo e a gente vai lançar um outro que eu não posso falar muito mais que também eu tenho meu coração tá nele diria que é uma mistura de lovecraft country com a Kira Pantera Negra. Assim a mantologia de contos.

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Brasileiros que é fantástico também tem um um México que foi feito 2021 foi com uma criadora indígena naier e ela quer contar um pouco sobre como as populações indígenas e ela usa o caso pessoal dela para falar sobre isso que é super forte super delicado. O que fazer em situações de abuso, principalmente de abuso doméstico. E aí ela quer produzir esse podcast que é realmente um guia do que se fazer ela vai fazer primeiro em espanhol, mas depois ela quer fazer em trique em algumas outras línguas indígenas para fazer com que o conteúdo alcance As populações originárias do México assim é um projeto que tem uma função social absurda que a gente também Analisa e desenvolve e esse também está sendo desenvolvido pela gente lá no México e me parecem pelo que eu que estou ouvindo que são podcasts que não teriam a chance de ter esse alcance. Se não fosse um programa como esse né? Fernando super não, eu acho que isso é um dos motivos do sundap e a gente tenta fazer com que o Saldão seja percebido também como

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Uma iniciativa de duas características dois fundamentos, né a gente entende que ele tem o impacto social por ser uma um programa que é para amplificar vozes de comunidade sobre representadas, mas ele não deixa de ser uma iniciativa de negócio porque a gente acredita piamente assim, a gente tem visto nas iniciativas que a gente a gente faz não só no São dump, mas de marca do Spotify que existe toda uma população toda uma audiência potencial que não acessa podcast ainda não escuta. Por uma questão de não se sentir representado ou não tem interesse sobre aqueles assuntos sendo que tem uma dominância, né de perfil de criadores muito grande ainda no ecossistema então também a gente vê só um dump como um lugar de liberdade que a gente experimenta novos formatos pra novas audiências para conseguir trazer mais gente para escutar podcast o que no fim das contas para o Spotify é super bom e para que o sistema também no começo a gente falava sobre essa coisa do consumidor de ter esse consumidor em mente é uma coisa que tu traz também da tua formação de raiz, então eu te pergunto se na hora de

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Fazer o application, né ali a candidatura pro Sound Up, se os os candidatos eles devem ter isso em mente, talvez eles não tenham pensado muito para além daquela ideia do coração, se tu quer e se tu pode compartilhar dicas para jovens que queiram aplicar e coisas que podem ser levadas em contas para qualificar um podcast para ser elegível para o Sound Up claro não é isso é fundamental. Eu acho que a gente não espera que os os participantes né os os futuros podcastres já venham com a ideia super montada, porque a gente entende isso a gente não existe experiência a gente exige energia e uma uma grande ideia uma ideia que seja nossa interessante ela tem potencial. Então acho que pra se inscrever ficar menos apegado no o porque o seu podcast, vai ser um sucesso e mais no Porque você acha que a ideia é que você tem é uma grande ideia e por que que você acha que você é a pessoa certa para desenvolver essa ideia? Acho que esses são os pontos fundamentais que a gente procura que aí a parte de

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Potencial de audiência mercadológico e tudo isso a gente consegue analisar assim, lembre essa ideia entendendo o cenário porque a gente tem mais contexto também, né? E vocês também tem uma equipe multidisciplinar que apoia e mentora esse podcast, né? Que também traz esse lado também do do Business, né? Super super então assim até na parte de seleção, a gente traz o pessoal dos outros departamentos então a Camila justo que eu já testei aqui, ela sempre ajuda a gente e aí também tem o pessoal que são os os Partner managers que a Mônica Bárbara então a galera do desenvolvimento criativo então todas as pessoas participam junto com a gente da etapa de seleção e de parte da etapa de capacitação também, então a gente sempre tem ajuda de todo mundo e os insights dele porque é isso é produzir podcast não é uma ciência exata e que dificilmente você vai conseguir ter todos os Esquilos e técnicas e conhecimentos necessários para fazer um grande podcast de sucesso trazer mais gente para para ajudar é super importante.

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Mudando de assunto, mas não muito agora me surgiu uma curiosidade é uma coisa que até não tá não tava previsto aí nas minhas perguntas antes, tu falou sobre as comunidades, né também latinas nos Estados Unidos e também alguns um Case no México de também fazer em outras línguas e esses tempos eu ouvi uns podcasts que eles eram bilingues, mas o próprio Episódio era falado um pouco em espanhol um pouco em inglês e eu achei aquilo Fantástico e eu pensei isso tem tudo a ver também, né com as comunidades latinas nos Estados Unidos, fala um pouco mais sobre isso é uma tendência que tu enxerga algo é algo que está aumentando como é que é tá muito no holofote aqui nos Estados Unidos assim. Ah tanto por várias questões políticas e sociológicas, mas a a comunidade Latina nos Estados Unidos. Tá super super no holofote. Eu sou responsável por produzir o sound up no Brasil na Argentina é no México e para a comunidade Latina aqui que a gente chama de US LatinX.

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Seis anos a gente teve muitas discussões e muitas conversas e conversamos com muitos especialistas para entender, o que é a comunidade Latina e eu acho que tem duas grandes discussões acontecendo uma defende que a comunidade Latina precisa ser agrupar para conseguir ter mais força política para conseguir lutar por mais direitos, mas existe um contraponto que fala que esse agrupamento da comunidade Latina, você acaba apagando 1 milhão de diferenças fundamentais que existem entre vamos dizer uma pessoa afro Cubana que mora em Nova York numa pessoa branca mexicana que mora em Los Angeles que são universos completamente diferentes assim e aí foi muito complexo desafiador para mim conseguir cercar e criar um realmente um programa que fizesse sentido sendo que as discussões são tão complexas e não tem resposta, né? Porque a gente entende que essa definição de Latino.

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Estados Unidos elas situacional Eu sou um homem branco no Brasil aqui nos Estados Unidos, eu sou um homem Latino e isso tem uma toda a diferença de percepção, né das pessoas comigo e aí entram toda uma questão de colorismo uma questão de gênero são muitos atravessamentos que não permitem respostas simples, mas o uma coisa que eu acho que tem me ajudado a conseguir enxergar essa questão com mais com mais cuidado tentar não usar tanto dados demográficos ou informações demográficas, mas mais informações comportamentais, então eu consigo enxergar uma comunidade que pode ser é atendida por um tipo de conteúdo baseado naquelas mais gostam e não necessariamente da onde eles vêm ou quem eles são isso tem ajudado então por exemplo, eu vou dar um exemplo muito muito aleatório. Tá mas tem um podcast de um jogo de tabuleiro aqui que é doar Renner e eu quis fazer um teste pra ver o quanto das comunidades que eu estava trabalhando se interessavam por isso e eu entendi que tinha ali um valor de 15.

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Sente em cada uma dessas comunidades que se interessava por esse jogo então fazia muito mais sentido eu desenvolver um projeto que fosse baseado num assunto de interesse e tentar se disparar isso para encontrar essas comunidades em diferentes comunidades do que tentar falar como por exemplo pessoas do norte do Arizona x y z. Então isso acaba sendo um pouco mais Universal. Quando você está falando de pais você consegue encontrar pessoas que gostam dessa coisa, mas espalhadas por aí, enfim. Falei Falei não respondi porque eu não tenho resposta, eu acho que é um assunto que a gente tem conversado bastante sobre isso e a língua não é o suficiente para criar uma comunidade aonde você vem ajuda, mas também não pode ser que não seja fundamental fora todas as coisas complementares, né as pessoas que são mixed Racing então por exemplo no grupo de eh e o slime x a gente tinha uma participante que era do Bronx que era a filha de mãe da Guatemala e o pai era grego. E aí tinha uma outra pessoa que era.

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De Los Angeles que era de família holandesa, mas que nasceu no México e migrou essa então assim tem for Generation second Generation third Generation é bagunçado, mas eu acho que é é muito mais eh, tentar se organizar em torno de temas do que necessariamente de dados demográficos, quando você está pensando em desenvolvimento de conteúdo quando eu tô pensando no soundup. Aí o problema fica mais complexo porque a gente tem que fazer essa determinação de público, né? E aí a gente toda vez a gente pensa sofre sua mas aí a gente acaba definindo também eu fico pensando né? Tanto Brasil, quanto Estados Unidos são países continentais com as suas peculiaridades regionais do Brasil também a gente tem muita diferença entre Sudeste nordeste norte centro-oeste. Às vezes uma região que fica um pouco esquecida. Enfim é interessante esses mercados são diferentes, né, mas acabam tendo certas semelhanças por terem tanto sub grupos e enfim deve ser Fantástico trabalhar com isso, mas deve ser um quebra-cabeça pelo que eu

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É no fim das contas virar um exercício de priorização de recurso, né? E aí você tem que colocar muitas coisas na balança, quais são os lugares que tem menos representatividade ou menos criadores, mas também que tem o maior potencial de abrir uma nova frente de audiência, é isso a diversidade geográfica pra gente é fundamental dentro do Sonda que assim a gente busca a gente de todos os lugares e para os próximos tempos aí o que que tu espera dos próximos anos pra ti como profissional Fernando em relação ao podcast ou a indústria do áudio ou ao soundup. Quais são as suas expectativas assim profissionais é tanto para ti ou pro Spotify é pro podcast pro samba pros novos criadores as comunidades emergentes aí pros próximos tempos pensando em ecossistema latino-americano. Agora é o momento de profissionalização e eu percebo também que passou o tempo um pouco de testar muita coisa e agora já se entende um pouco. Quais são as coisas que que

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Mais populares ou que podem chegar em mais gente então acho que é um momento de parar de testar e investimentos grandes em poucos podcasts ao mesmo tempo que eu vejo um grande esforço não só do Spotify, mas de outras plataformas em conseguir criar uma infraestrutura para que novos criadores consigam produzir toca uma ideia de Podcast. Vou baixar o enco vou gravar no meu celular vai ser o suficiente porque eu quero dizer para a comunidade que eu quero alcançar e eu vou aprender fazendo e vou por no ar e vou ter capacidade de já de colocar aedes. Vou ganhar um dinheirinho e vou aprendendo fazendo e Vai fazendo então acho que são esses dois esses dois contrapontos as grandes indústrias, principalmente de mídia, mas também plataformas investindo em poucos mais grandes embaixo na infraestrutura as empresas desenvolvendo a estrutura para que os novos criadores consigam tou com uma ideia. Vou produzir vou testar vou fazer que sejam mais fáceis pras pessoas conseguirem produzir seu conteúdo também e eu acho que essa esse é o ponto que

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E eu vejo para a América Latina, acho que Estados Unidos ainda tem uma uma coisa que tem um um mercado que já tá muito maduro muito grande com muitos grandes players e muita competição é uma outra estrutura. Mas eu só vejo coisas boas assim pro futuro do do podcast da indústria do áudio, tem um todo um vertical de áudio livros de audiobooks que ainda eu acho que vai se desenvolver demais é uma coisa que tem que estar integrado porque até às vezes confuso para quem não escuta podcast e não conhece audiobook, você fala o que é uma coisa que é outra então eu acho que tem alguns nós que vão se desatar e vão ficar mais fáceis pra quem quiser se aventurar nesse indústria de trabalhar também percebo que ainda tem espaço para produtores de Podcast que são meio faz tudo que são os produtores Independentes que são as pessoas que estão com uma ideia querem fazer uma coisa e vão lá e fazem e massa, mas também tem a uma demanda por profissionais especializados especializados mesmo concurso com capacitação.

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Estão fazendo e tem experiência e que ajudem a indústria realmente a chegar no novo patamar. Não vejo porque profissionais de criação de mídia e de produção midiática ficarem jaulados num num modelo numa mídia só eu acho que quem editar podcast ficcional pode trabalhar com saúde Design em alguma outra mídia. Acho que tem intersecções aí a gente não acho que não a gente não precisa ser preciosista para tentar fazer essas reservas de mercados de produção de conteúdo dá para ser profissionais múltiplos, mas só que mais especializados e tu pessoalmente tem Vontade de continuar trabalhando com com os criadores tem aí outros sonhos dentro do mundo do áudio, se tu quiser revelar algumas inspiração revelações. Eu amo o soundup com todas as minhas forças assim, eu acho que o são de Up o que mais me fascina e me deixa muito feliz e realizar é o poder de criação de comunidade e o quanto você consegue ver o esforço tendo resultados ao longo do tempo e o quanto

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De Criadores e de classes formadas pelo soundup criam realmente uma comunidade se ajudam então assim a gente quer muito capacitar as pessoas para que elas voltem no próximo ano de projeto para darem aula para falar em sobre a experiência dela para falarem sobre a produtora que ela abriu para contratar em outras pessoas para entenderem como começar a produzir com eles. Então assim isso a gente tiver acontecendo esse esse efeito reverberação do projeto. Isso é muito lindo assim a comunidade é já é relativamente grande, né? Você pensar a gente já formou 10 pessoas no Brasil tem mais 10 no México assim, estamos falando de 60 pessoas já podem ter trocas de experiências profissionais de produção crossovers colegas seja o que for, né? Então isso é uma coisa que me fascina muito e eu eu gosto de de conversar com criador. Eu gosto de ajudar, eu gosto de mentoriar apresentar novas fitilhos de plataforma para os criadores. Então essa é onde eu sinto prazer assim capacitar mentoria.

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Ensinar e Fernando a gente sabe que o Spotify tem milhões de podcasts registrados. Mas isso não necessariamente impede. Que novos criadores comecem se lancem experimentem cresçam e se profissionalizem né? A gente tem mais de 5 milhões de podcasts cadastrados isso mundialmente, né? Então estamos falando de todas as línguas, mas ainda tem muito espaço para crescer tem muitos assuntos não falados tem muitas personalidades esperando para ser descobertas é assuntos de interesse tem muito muito potencial ainda para criação então se você tiver uma ideia pra produzir um podcast dá uma olhadinha estude, você provavelmente tem uma voz própria uma perspectiva própria sobre um assunto que você gosta ou que você até quer descobrir mais, né? Tem muita coisa que você podcasts fazem podcast para tentar descobrir mais sobre um assunto, né? Então é bem comum, mas não desanime e tem muitas muitas dicas.

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Já consegui furar essa bolha de ruído esse excesso de coisa Sempre produzidas. Acho que o principal deles é Constância consegui deixar muito clara com a pessoa promessa pro seu público sobre o que que você vai falar quem é você e o que que você vai cobrir e tenta te ver, erro é uma mídia que você consegue produzir relativamente fácil. Se comparado contra as mídias, mas que exige teste e exige que você entrevista e pessoas para ficar bom em entrevistas que você fale no microfone pra ficar bom e falar no microfone. Então assim testa faz anda publicas publica que tem espaço e dá para fazer sucesso e dá para fazer dinheiro é e tem espaço para experimentação, né? Fernando? Expuri muito obrigada, eu adorei conversar contigo foi uma ótima conversa, imagina. Obrigado mesmo pelo convite. Acho que é super legal, eu fico super empolgado. Quando eu falo do sandamp não tem como mas eu acho que o próprio Spotify assim é uma empresa que investiu bastante no ecossistema de Podcast.

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E que no Brasil tem acontecimentos fundamentais, mas foi um prazer amo o seu podcast. Adoro acho que tem muita gente importante para para a gente escutar e é isso, eu acho que o podcast ainda é um pouco hermético, né? É um ecossistema meio fechado, então quanto mais informação a gente tiver sobre isso melhor. Ah dá para ver eu eu acho muito legal que dá para ver que pessoalmente. Tu é muito envolvido com o que tu faz isso transparece muito e é muito gostoso de ouvir então de verdade. Acho que todo mundo que eu vi vai gostar muito dessa conversa aquela rasgação de seda, né? Não mas é verdade. É verdade, é verdade eu de verdade e olha não sei se tem uma pessoa muito pública, né, mas fica aí a vontade pra deixar @sites links, vem coisa boa por aí. Todas aquelas coisas, né? Esse é o momento os projetinhos não acho que como todo o milênio eu tô não tô postando tanto quanto deveria. Mas quem quiser pode me seguir no Instagram, né lá que eu coloco também algumas atualizações sobre mas também algumas outras coisas.

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Do meu gato do motim então também quem quiser tá lá. Ah em que altura do ano que abrem as inscrições assim que isso é uma coisa importante, depois eu também coloco na descrição do episódio pro pessoal ficar ligado assim, a gente tá no meio da edição 2022 2023, ela acaba na segunda semana de Maio. E aí a gente tem uma estimativa para abrir as inscrições pro segundo semestre Provavelmente em torno de Setembro, mas a data ainda não está confirmada então quando eu tiver a confirmação eu passo para vocês também. A gente pode divulgar super legal, então, tá bom? Muito obrigada Fernando e até a próxima te desejo muito sucesso prazer falar contigo. Tchau. Tchau, muito obrigada. Ananda o prazer foi meu tchau. E aí gostou dessa conversa se você quiser trocar uma ideia sobre áudio e comunicação e acompanhar a era do áudio nas redes sociais.

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É só seguir arroba a era do áudio lá no Instagram e eu estou em todas as redes sociais como @anandaGarcia o nosso e-mail é a era do áudio @gmail.com até o próximo episódio. Tchau.

 

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